Postado por Livia Barbosa Alves em 10/06/2022 23:14
De acordo com dados recentes da Organização Mundial de Saúde – OMS, a ansiedade é um problema grave em todo mundo e atinge cerca de 18,6 milhões de pessoas, que equivale a 9,3% da população. Esse quadro coloca o Brasil como líder no ranking de países com mais ansiosos no mundo (Pesquisa de 2020). Um estudo recente da UERJ aponta para um crescimento superior a 80% nos quadros de ansiedade e depressão no país. O Brasil, que já era considerado o país mais ansioso do mundo, hoje possui mais de 14% da sua população diagnosticada com algum transtorno de ansiedade.
A ansiedade pode ser definida como um quadro patológico que provoca no paciente uma preocupação exagerada sobre situações do cotidiano que podem se transformar em gatilhos de disparos para sintomas de embaraço que prejudicam a interação social e o desempenho em público. Tanto o medo quanto a ansiedade passam a ser consideradas como sintomas patológicos a partir do momento em que se tornam exagerados e desproporcional em relação ao estímulo. Geralmente, essas reações se desenvolvem em pessoas com predisposição neurobiológica herdada.
O sujeito com ansiedade passa a ter preocupações com diversas situações e pensamentos negativos que se apresentam de maneira exacerbada. Alguns sintomas surgem com frequência nos pacientes com ansiedade, como por exemplo, fadiga, dificuldades de concentração, irritabilidade, falta de ar, sensação de perigo, aumento ou queda de pressão arterial, mal-estar, entre outros.
As pessoas com ansiedade apresentam medo com excesso, dificuldade de relaxar e geralmente são preocupadas com o julgamento de terceiros em relação ao seu desempenho pessoal, necessitando de estímulo para renovar a autoconfiança. Dessa maneira, as situações comuns do cotidiano podem se transformar em ameaças constantes, fazendo com que o sujeito fique em estado de paralisia. A ansiedade pode afetar o convívio do paciente que passa a evitar situações em que possa existir risco a vida ou a segurança. Atualmente, é considerada um mal do século e se tornou objeto de estudo de diversos especialistas em psicanálise.
A psicanálise está relacionada à vida e à obra de seu fundador, o neurologista e psiquiatra Sigmund Freud. Utilizando-se de elementos existentes a sua volta, Freud desenvolveu suas bases teóricas sobre a mente e o comportamento do ser humano, com o intuito de compreender a gênese da histeria, da neurose e da psicose.
Freud percebeu que a ansiedade é uma condição que afeta excessivamente o ser humano, pois seus distúrbios estão associados às reações do organismo diante de situações estimulantes, sendo um estado altamente desgastante e que tira as pessoas do controle de suas próprias vidas.
As mudanças de comportamento do ser humano e as novas exigências do mundo moderno, marcado pelo excesso de informações e atividades, provocam o estresse e elevam o nível de ansiedade na maioria das pessoas e afetam o convívio social. Por ser considerada um mal do século, a ansiedade é um assunto bastante recorrente no meio científico e necessita ao máximo de atenção e estudo.
Freud dividiu a ansiedade em três categorias: Realista, Moral e Neurótica.