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Compreendendo e Intervindo no Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Postado por Maria Izabela Brasil Antunes Magrinelli em 10/09/2024 11:13


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica complexa que afeta a comunicação, interação social e comportamentos de indivíduos de maneira diversa. É caracterizado por deficiências persistentes na reciprocidade social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Essas características, presentes desde as primeiras etapas do desenvolvimento, impactam significativamente o funcionamento social, ocupacional e emocional das pessoas afetadas.

O diagnóstico de TEA, segundo o DSM-V, não busca estigmatizar, mas sim proporcionar uma compreensão clara das necessidades individuais e orientar intervenções eficazes. Identificar sinais precoces, como atrasos na linguagem e sensibilidade sensorial atípica, é crucial para iniciar intervenções precoce e adaptadas. 

O diagnóstico não pretende rotular de forma negativa ou sentenciar a pessoa, ao contrário disso, ele auxilia na comunicação entre os profissionais, na busca por direitos, ajuda a nortear as intervenções e a orientar os familiares. 

De acordo com o DSM V (APA, 2013) pessoas com transtornos do espectro do autismo apresentam as seguintes características:

A - Deficiências persistentes na comunicação e interação social.

B - Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos observados ou pela história clínica.

C - Os sintomas devem estar presentes nas primeiras etapas do desenvolvimento. Eles podem não estar totalmente manifestos até que a demanda social exceder suas capacidades ou podem ficar mascarados por algumas estratégias de aprendizado ao longo da vida.

D - Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual do paciente. E Esses distúrbios não são melhores explicados por deficiência cognitiva ou atraso global do desenvolvimento.

A intervenção no TEA é abrangente e personalizada, envolvendo a colaboração entre profissionais, familiares e a comunidade. Estratégias incluem o uso de comunicação visual e direta, rotinas estruturadas para proporcionar previsibilidade e reduzir a ansiedade, e a exploração dos interesses individuais como motivação para aprendizagem e interação.

Além disso, terapias sensoriais e psicomotoras são essenciais para ajudar na regulação sensorial e no desenvolvimento motor. Jogos e atividades estruturadas são utilizados para promover habilidades sociais e comportamentais, contribuindo para uma vida mais integrada e satisfatória.

Em resumo, ao entendermos melhor o TEA e implementarmos estratégias de intervenção baseadas em evidências, podemos proporcionar um suporte eficaz para indivíduos com essa condição, promovendo inclusão, autonomia e qualidade de vida. O apoio contínuo da comunidade, educadores e profissionais de saúde é fundamental para garantir um ambiente acolhedor e propício ao desenvolvimento de todas as pessoas com TEA.

 

Cada pessoa é única e precisa ter suas particularidades (idade, escolaridade, aspectos sociais, linguísticos, cognitivos, motores, familiares e sócio-culturais, grau de autismo, síndromes ou transtornos associados, etc) levadas em consideração!






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