Postado por Marcos André Ferreira Soares em 11/04/2025 23:20
Você já sentiu que se sabotou? Veja algumas dicas para não acontecer mais
Você já esteve prestes a conquistar algo importante — um novo trabalho, um relacionamento saudável, um projeto pessoal — e, sem perceber, começou a adiar, se autocríticas surgiram com força ou bateu uma vontade de desistir "do nada"? Essa sensação de ter jogado contra si mesmo é mais comum do que parece. A autossabotagem é um comportamento sutil, muitas vezes inconsciente, que mina nossas conquistas e nos mantém em ciclos repetitivos de frustração.
A autossabotagem geralmente nasce de crenças internas construídas ao longo da vida. Frases como “não sou bom o suficiente”, “isso não é para mim” ou “eu sempre estrago tudo” não surgem do nada — elas têm raízes em experiências anteriores, traumas, padrões familiares ou até mesmo exigências sociais internalizadas. Quando essas crenças não são questionadas, elas viram guias ocultos do nosso comportamento.
Além disso, o medo do fracasso, o medo do sucesso (sim, ele também existe), a necessidade de controle e a busca por aceitação podem nos empurrar para decisões que nos afastam daquilo que, conscientemente, mais desejamos.
Autossabotagem não é só procrastinar. Ela pode se manifestar de formas muito sofisticadas, como:
Se envolver com pessoas que não te fazem bem repetidamente;
Abandonar projetos perto de sua conclusão;
Se desorganizar financeiramente sem motivo real;
Desacreditar de si mesmo sempre que algo dá certo.
Reconhecer esses padrões é o primeiro passo para interrompê-los.
1. Observe seus pensamentos automáticos
Comece a perceber o que você diz para si mesmo em momentos de desafio. Anote esses pensamentos. Muitas vezes, o simples ato de externalizar essas ideias já ajuda a perceber o quanto elas são distorcidas ou desproporcionais.
2. Questione suas crenças limitantes
Será mesmo que você "não é capaz"? Que “sempre estraga tudo”? Quais evidências você tem disso? E quais evidências existem do contrário? Desafiar essas crenças é fundamental para desestabilizar a lógica da autossabotagem.
3. Aprenda a lidar com desconforto emocional
Muitas vezes nos sabotamos para evitar sensações desconfortáveis: ansiedade, vulnerabilidade, medo do julgamento. Aprender a tolerar essas emoções, sem fugir delas, é essencial para seguir adiante mesmo quando é difícil.
4. Estabeleça metas realistas e estratégias claras
Metas vagas ou irreais favorecem a autossabotagem. Divida objetivos maiores em passos menores e celebre cada avanço. Pequenas vitórias fortalecem sua autoestima e motivação.
5. Considere ajuda profissional
Se você percebe que se sabota com frequência e isso está impactando sua vida, buscar apoio psicológico pode ser transformador. A terapia oferece um espaço seguro para compreender suas dinâmicas internas e desenvolver novos caminhos.
A autossabotagem não é um defeito de caráter, mas um sinal de que algo dentro de você precisa ser acolhido e compreendido. E o mais importante: ela pode ser transformada. Você não está condenado a repetir os mesmos ciclos — é possível construir um novo relacionamento consigo mesmo, com mais coragem, consciência e compaixão.