Erro

Será que eu tenho TDAH?

Postado por Elizama Silva Dias de Oliveira em 30/05/2018 20:50


Engana-se caso tenha pensado que o TDAH só existe em crianças. De FATO, é uma condição do neurodesenvolvimento e para se ter o diagnóstico desse transtorno é necessário que os sinais e sintomas tenham apresentado na infância, antes dos 12 anos de idade. TODAVIA, as crianças crescem e a condição neurobiológica persistirá por toda vida, mesmo que em modalidades diferenciadas.

SINAIS E SINTOMAS

  • Duração mínima de 6 meses;
  • Pelo menos 6 critérios do ponto 1 ou 2.

 

1. DESATENÇÃO

  • Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
  • Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas;
  • Com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
  • Com frequência não segue instruções e não termina o que começou;
  • Com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
  • Com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental constante;
  • Com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
  • É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa; i) com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.

 

2. HIPERATIVIDADE

  • Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
  • Frequentemente abandona sua cadeira em situações nas quais se espera que permaneça sentado;
  • Frequentemente é inquieto em situações nas quais isto é inapropriado;
  • Com frequência tem dificuldade de se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
  • Está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
  • Frequentemente fala em demasia.

 

3. IMPULSIVIDADE

  • Frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
  • Com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez;
  • Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros.

 

CUIDADO!! O diagnóstico de TDAH É DIMENSIONAL e TODOS NÓS temos em alguma proporção dificuldades nesses critérios acima!! A diferença encontra-se nos prejuízos causados pelos sintomas, os quais devem estar presente em dois ou mais contextos, com claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

 

OUTRO ASPECTO IMPORTANTE é o DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. Pois alguns sintomas você pode pensar que fazem parte do TDAH, mas pode ser decorrente de outra condição e, PORTANTO, PRECISA ser melhor INVESTIGADA!

 

Dessa forma, para adultos com sinais de:

  • Distrabilidade excessiva;
  • Desorganização constante;
  • Falta de planejamento;
  • Tomada de decisão e dificuldades na resolução de problemas;
  • Dependência por atividades intrinsecamente estimulantes;
  • Pouca produtividade em atividades que exijam grande esforço cognitivo e procrastinação de compromissos;
  • Atitudes impulsivas e inconsequentes, revelando falta de regulação emocional, intolerância e impaciência;

... e com severos prejuízos em suas atividades: Façam uma avaliação com NEUROPSICÓLOGO, NEUROLOGISTA ou PSIQUIATRA!

 

VOCÊ SABIA?

  • O diagnóstico de TDAH é essencialmente clínico, portanto, não há nenhum exame biológico para detecção.
  • O diagnóstico de TDAH em adultos foi aceito a partir do DSM-v, mas ainda é alvo de grandes investigações científicas, porque exitem controvérsias.
  • Os sintomas diminuem na idade adulta, geralmente apresenta-se com características de desatenção em maior proporção)
  • Pode existir comorbidades associadas ao TDAH, tais como, transtorno do humor bipolar, depressão, transtornos de ansiedade, abuso de álcool e drogas, o que aumentam o grau de comprometimento numa significativa parcela de pessoas.

 

ELIZAMA OLIVEIRA CRP 03/14085

 

Referências:

APA (American Psychiatric Association). (2013). DSM-V: Manual estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre, RS: Artmed.

Barkley, R. A. (2002). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde. Trad. Luís Sérgio Roizman. Porto Alegre, RS: Artmed.






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