Postado por Flavia Franciny Costa Rojas em 10/05/2021 18:32
Geralmente, no senso comum, ao falarmos sobre autoestima logo vem a ideia de uma pessoa com dificuldades em aceitar sua aparência física. Dessa forma, as propagandas para melhora de autoestima estão associadas a cosméticos, cirurgias ou qualquer outra ferramenta de ajuste de “imperfeições físicas”. A autoestima torna-se, nessa visão, uma simples característica humana que pode ser aperfeiçoada através de produtos vendidos em potes na prateleira do supermercado. Assim, a autoestima ao estar baixa supostamente teria como justificativa a falta de satisfação com algo exterior e que pode ser comprado.
Porém, ao contrário do que ouvimos falar, a baixa autoestima não se resume a uma avaliação negativa sobre a própria aparência física. Ela fala de um autoconceito, uma percepção que temos sobre nós e que muitas vezes pode transformada.
Uma visão negativa sobre a aparência física e dificuldade de aceitação do próprio corpo, por exemplo, é somente uma das características com as quais podemos identificar como a pessoa se vê. Pois isso é apenas um sinal que envolve algo presente nessa avaliação de si: o sentimento de inferioridade.
Comparar-se constantemente com as outras pessoas, achá-las melhores em vários aspectos da vida, invalidar as próprias conquistas, buscar constantemente aceitação, não reconhecer o próprio valor e vários outros pensamentos e sentimentos dizem respeito a essa percepção de inferioridade. Ou seja, existem muitas outras maneiras da baixa autoestima se manifestar. Na imagem eu coloquei alguns exemplos que nos ajudam a visualizar melhor as diversas camadas que rondam esse tema. Tudo isso acaba afetando a forma como reconhecemos nosso valor e capacidade.
A autoestima se desenvolve devido a experiência que tivemos na vida, principalmente em fases iniciais da vida, mas ela não se resume a esse período. A forma como nutrimos nossa autoimagem pode ser modificada, e é algo que repercute em diversas áreas da nossa vida. Mas é um trabalho que requer um reconhecimento e acolhimento de quem somos e da nossa história.
Iniciar um trabalho de autoconhecimento, buscar identificar quais questões podem estar envolvidas na nossa baixa autoestima, e exercitar o autocuidado são de extrema importância pra construir um outro olhar sobre si. Fazer psicoterapia é uma maneira de desenvolver esse processo, com a ajuda de um profissional que poderá auxiliá-la (lo) nessa caminhada.
Psicóloga Flávia Costa
CRP 05/60279
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