Erro

Videogames e Psicologia

Postado por Brenda dos Santos de Oliveira em 07/11/2024 18:28


Afinal, jogar videogame faz bem ou faz mal?

Frequentemente surgem discussões sobre os benefícios e malefícios dos videogames. Crenças de que “videogame mata, causa déficit de atenção, faz mal e deixa as crianças violentas” são comuns. Mas será que existe verdade nestes argumentos? Desde o surgimento dos videogames, já temos dados e estudos suficientes para discutir estas questões com mais clareza.

Benefícios cognitivos de jogar videogame:

- Ajuda a acalmar temporariamente jovens com déficit de atenção.

- Ajuda a reduzir comportamentos agressivos e bullying.

- Crianças que jogam videogame costumam ter QI mais alto.

- Aumenta a facilidade de expressão e dramatização.

- Aumenta a facilidade para as interações sociais e liderança.


Jogar videogame não influencia de forma negativa as características pessoais da criança e não aumenta as chances de desenvolver doenças emocionais.

Muitas crianças tímidas e/ou com fobia social conseguem se soltar jogando com os amigos de forma online, formando grupos, montando estratégias de time etc.

É importante que a pessoa não fique presa no mundo virtual, pois o vício em videogames já foi reconhecido como distúrbio mental pela OMS em 2018.

Tudo se resume a EQUILÍBRIO.

Se você acha que seu filho pode estar enfrentando problemas decorrentes do excesso de videogames ou internet, o atendimento psicológico é recomendado.


Violência, senso crítico e participação dos pais:

Sabemos que os jogos apresentam bastante benefícios cognitivos, mas e sobre os aspectos negativos que tanto se fala na mídia? Bom, é fato que a exposição constante a conteúdo violento (de qualquer forma) pode dessensibilizar as pessoas, portanto, esse efeito também vai ocorrer com jogos violentos.

Mas também podemos observar que o interesse do ser humano por violência não teve origem com os videogames. Nós gostamos de assistir lutas, campeonatos, filmes e novelas com simulação de violência, para fins de entretenimento. Podemos até dizer que as insanas “execuções em praça pública” nos acompanharam e evoluíram para formatos mais aceitáveis. Mas existem dois pontos que quero ressaltar nesse tema...

1- A importância de ensinar SENSO CRÍTICO para as crianças: 

Afinal, ninguém pode ser criado em uma bolha de vidro. As crianças sempre estarão expostas aos mais diversos conteúdos e acontecimentos, é por isso que os pais devem garantir que elas possuam as ferramentas necessárias para navegar nesse mundo: senso crítico, opinião, reflexão... e a certeza de que podem contar com você para comentar suas experiências e tirar dúvidas sobre algo estranho que foi visto.

2- A importância da PARTICIPAÇÃO DOS PAIS:

Jogos são uma mídia que possui classificação indicativa, como qualquer outra. Verifique quais são os jogos adequados para a faixa etária de seus filhos. 

Se o mundo dos jogos não é bem a sua praia, você pode assistir trailers no youtube para ter uma ideia do conteúdo antes de comprar. Ou então, peça ajuda para alguém da família que conheça jogos. Existem muitos jogos não violentos. Eu sempre recomendo Minecraft, pois acho excelente!

Pergunte, participe, conheça!


Texto por: Psicóloga Brenda dos Santos de Oliveira - CRP 07/40239.

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Fontes utilizadas: 

1- “Psicologia, jogos eletrônicos e sociedade: Afinal, videogames matam?” Artigo de Gilson Peres para o site Gameblast, em 14/08/2014.

2- “Crianças que passam muito tempo no videogame têm QI mais alto” Agência O Globo para o site iG Saúde, em 13/05/2022.

3- “OMS reconhece vício em games como distúrbio mental” iG São Paulo para o site iG Saúde, em 03/01/2018.






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