Postado por Elizama Silva Dias de Oliveira em 09/02/2020 23:07
O TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO - TOC consiste em um transtorno caracterizado pela presença de OBSESSÕES e/ou COMPULSÕES.
- OBSESSÕES: pensamentos impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados como intrusivos e indesejados.
- COMPULSÕES: comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente.
LIMPEZA (obsessões por contaminação e compulsões por limpeza);
SIMETRIA (obsessões por simetria e compulsões de repetição, organização e contagem);
PENSAMENTOS PROIBIDOS OU TABUS (p. ex., obsessões agressivas, sexuais e religiosas e compulsões relacionadas);
FERIMENTOS (p. ex., medo de ferir a si mesmo ou aos outros e compulsões de verificação relacionadas).
As obsessões ou compulsões tomam tempo (p. ex., tomam mais de uma hora por dia) ou causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Há variações na manifestação do TOC:
INSIGHT BOM OU RAZOÁVEL: O indivíduo reconhece que as crenças do TOC são definitiva ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.
INSIGHT POBRE: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente verdadeiras.
INSIGHT AUSENTE/CRENÇAS DELIRANTES: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são verdadeiras.
RELAÇÃO COM O TIQUE: O indivíduo tem história atual ou passada de um transtorno de tique.
Pessoas com TOC geralmente apresenta CRENÇAS DISFUNCIONAIS, por exemplo:
- Senso aumentado de responsabilidade e tendência a superestimar a ameaça;
- Perfeccionismo e intolerância à incerteza;
- Importância excessiva dos pensamentos (p. ex., acreditar que ter um pensamento proibido é tão ruim quanto executá-lo)
- Necessidade constante de controlar os pensamentos.
As OBSESSÕES não são prazerosas ou experimentadas como voluntárias: são INTRUSIVAS e INDESEJADAS e causam acentuado SOFRIMENTO ou ANSIEDADE na maioria das pessoas.
O indivíduo pode tentar ignorar ou suprimir as OBSESSÕES (p. ex., evitando os desencadeantes ou usando a supressão do pensamento) ou neutralizá-las com outro pensamento ou ação (p. ex., executando uma compulsão).
As COMPULSÕES não estão conectadas de forma realista ao evento temido (p. ex., organizar itens simetricamente para evitar danos a uma pessoa amada) ou são claramente excessivas (p. ex., tomar banho durante horas todos os dias).
As COMPULSÕES não são executadas por prazer, embora alguns indivíduos experimentem alívio da ansiedade ou sofrimento.
Os indivíduos com TOC frequentemente têm outra psicopatologia. Muitos adultos com o trans-torno têm um diagnóstico de transtorno de ansiedade ao longo da vida (76%; p. ex., transtorno de pânico, transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada, fobia específica) ou um transtorno depressivo ou bipolar (63% para qualquer transtorno depressivo ou bipolar, com o mais comum sendo o transtorno depressivo maior [41%])
=> É comum que indivíduos com TOC evitem pessoas, lugares e coisas que desencadeiam obsessões e compulsões. Por exemplo, indivíduos com preocupações com contaminação podem evitar situações públicas (p. ex., restaurantes, banheiros públicos...) para reduzir a exposição aos contaminantes temidos; pessoas com pensamentos intrusivos sobre causar danos podem evitar as interações sociais.
POR ISSO, se você percebe alguns desses sintomas com prejuízo no seu desempenho pessoal, social e profissional procure um psicólogo e psiquiatra para te ajudar a garantir sua SAÚDE MENTAL.
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Um grande abraço!
Psicóloga CRP 03/14085
Mestre em Linguística - UESB
Especialista em Neuropsicologia - UFBA
Especialista em Desenvolvimento Infantil - UNIVASF
Especialização em TEA - CBI OF MIAMI
Especialização em Intervenção ABA para TEA e DI - CBI OF MIAMI
linktr.ee/zamaoliveirapsi
REFERÊNCIAS:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). 2014. DSM-5. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª ed., Porto Alegre, Artmed, 948 p.