Postado por Flavia Franciny Costa Rojas em 08/08/2024 16:51
“Ninguém casa para separar”. Se você está em meio a um contexto de separação, provavelmente já deve ter dito ou ouvido falar essa frase. De modo geral, os casamentos simbolizam uma união que se propõe a ser duradoura, por vezes “até que a morte os separe”. Porém, na prática nem sempre isso acontece. A gente muda, o outro muda, os planos mudam e quando vamos ver a vida se encaminha de uma forma que uma decisão que foi feita lá atrás começa a ser repensada.
Se separar é uma decisão difícil, mexe não só com a vida de quem está na relação como de quem está por perto. Porém, quando a decisão é tomada, é o casal, ou melhor, ex-casal, que viverá as maiores mudanças. Será preciso mudar de casa, quem sabe também de cidade ou país, mudar a rotina e os planos de curto, médio e longo prazo.
O processo de separação envolve refazer a vida externa e internamente. E é por isso que por muitas vezes alguns casais preferem adiar ao máximo essa decisão, mesmo sabendo que a relação amorosa não existe mais.
Algumas relações acabam de forma muito conflituosa, com brigas e mágoas, já outras não (alguns casais seguem até como amigos). Porém quando uma separação acontece, ambas as formas convocam a mesma pergunta “Quem eu sou sem essa relação?”.
Mesmo que exista a certeza de que a separação foi a melhor escolha, é normal se sentir inseguro em meio a tudo isso. Assim como é natural sentir falta da rotina a dois e se sentir um pouco perdido nos próximos passos a serem dados. Isso porque as decisões foram tomadas em conjunto num convívio que pode ter durado 1, 5, 10 ou 40 anos!
Assim, em alguma medida será necessário reaprender a viver sem o outro.
Fazer esse caminho envolve, dentre outras coisas, voltar para si e para os seus. Poder estar ao lado das pessoas que você ama e é amado é uma maneira de encontrar suporte emocional (e às vezes material) em meio a um processo que pode ser doloroso para muitos.
Culpa, medo, vergonha, incerteza, desejo ou alívio é uma das sensações recorrentes entre pessoas que vivem uma separação. Por isso, não há forma certa ou errada de encarar esse processo.
Pensar em uma nova vida dependerá do que você quer ser e construir daqui para frente. Algumas outras ferramentas podem ser úteis também, como se aproximar da sua espiritualidade, se fizer parte de uma crença sua, ter momentos de lazer com amigos e ter um espaço de terapia para poder compartilhar suas emoções e ter ajuda para atravessar esse momento.
Reaprender a viver não é fácil, mas é necessário enquanto há vida. Sua vida não acabou após a separação, o que acabou é apenas um capítulo dela.
Se precisar de ajuda de um psicólogo nessa jornada, marque uma consulta comigo.
Psicóloga Flávia Costa (CRP 05/60279).
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