Postado por Central Psicologia em 15/08/2017 22:44
Qualificada como um dos transtornos ansiosos pela Classificação Internacional de Doenças sob a nomenclatura “Transtorno de pânico” ou “Ansiedade Paroxística Episódica”, a síndrome do pânico é caracterizada por medo, terror e angústia não constantes e sim com ocorrência de crises, em outras palavras, trata-se de um ataque de ansiedade imprevisível.
Os sintomas da síndrome do pânico são basicamente os mesmos apresentados nos transtornos ansiosos, no entanto, as reações físicas são extremamente intensas. Veja abaixo tais manifestações:
Além disso, após o primeiro episódio – que costuma acontecer entre as idades de 15 a 30 anos – o individuo costuma desenvolver estratégias para tentar evitar novas crises, mas tais mecanismos nem sempre são eficazes, é preciso fazer tratamento. Vale acrescentar que um episódio de pânico costuma durar alguns minutos e os sintomas físicos podem prevalecer com menos intensidade por minutos após a crise.
Ao começar a desenvolver estratégias visando a evitar novas crises, outros quadros podem ser desencadeados também, como a depressão e a dependência química, mas o mais comum é a agorafobia, que se trata do medo de sair em público e não obter o socorro necessário caso precise, ou seja, é uma preocupação de quem vive com a síndrome do pânico.
Outro prejuízo é a dificuldade de manter as atividades do dia a dia normalmente, pois o indivíduo passa a prestar atenção exacerbada nos batimentos cardíacos, na respiração e nas demais funções orgânicas, o que resulta em dificuldade de concentração em outras atividades, principalmente profissionais ou acadêmicas.
Além disso, o medo de realmente existir um problema cardíaco pode fazer com que a pessoa evite realizar atividades físicas, tanto as esportivas como as de lazer.
Não há causas específicas conhecidas, mas sabe-se que o conjunto de fatores hereditários, ambientais e psicossociais esteja relacionado.
Há certas situações da vida que parecem contribuir com o desenvolvimento da síndrome do pânico, como sofrer abuso moral no trabalho/escola, sofrer assalto, sequestro, acidente, ou após a morte de alguém próximo, etc.
Antes de dar início ao tratamento do transtorno de pânico, é importante que o profissional faça um encaminhamento a fim de obter os exames necessários e assim seja excluída qualquer possibilidade de doença cardiovascular, pois os sintomas podem ser confundidos com início de infarto, o que não pode ser negligenciado.
Uma vez concluído que realmente se trata de síndrome do pânico, o tratamento conduzido é através de psicoterapia e, dependendo do caso, administração de medicamentos.
A psicoterapia é fundamental e pode excluir a necessidade do uso de psicofármacos, uma vez que as próprias técnicas psicoterapêuticas são suficientes no tratamento, possibilitando que a pessoa retome suas atividades normalmente.
Muitas vezes o transtorno de pânico pode dificultar a ida ao psicólogo, tanto no sentido de marcar uma consulta – a pessoa fica muito autoconcentrada e com dificuldade de tomada de decisão/solução de problemas – como no sentido de se deslocar até o consultório. Por este motivo, o atendimento online pode ser uma saída vantajosa, uma boa fonte de ajuda capacitada.