Postado por Erik Matos em 24/05/2022 11:24
Vivemos em tempos em que sentir-se exausto, ansioso ou desmotivado se tornou quase uma regra — e não exceção. A cobrança por produtividade, a insegurança diante do futuro e a comparação constante com os outros afetam diretamente nossa saúde mental.
Mas se você está enfrentando ansiedade, depressão ou burnout, este texto é um convite para compreender que você não está sozinho — e que existem caminhos possíveis de alívio, baseados em ciência e humanidade.
A ansiedade é um estado de hipervigilância mental, onde a mente tenta prever e controlar tudo o tempo todo. Você se pega pensando em mil cenários possíveis, se preocupando com coisas que ainda nem aconteceram e, mesmo exausto, não consegue relaxar.
Quanto mais tentamos evitar ou fugir da ansiedade, mais ela cresce. A verdadeira virada começa quando aprendemos a encará-la de frente, entender os pensamentos que a alimentam e desenvolver novas formas de resposta.
A depressão muitas vezes chega silenciosa. Um dia você percebe que está mais isolado, desmotivado, sem prazer pelas coisas que antes te animavam. Os autores Paulo e Juliana Abreu explicam que isso não é fraqueza — é um ciclo comportamental de perda de reforçadores, somado a pensamentos de inutilidade, culpa e desesperança.
Ativação comportamental é o nome do método que ajuda a quebrar esse ciclo: ao invés de esperar a motivação aparecer, damos pequenos passos guiados por valores e significado, mesmo sem vontade no início. A ação, aos poucos, traz alívio e reconexão com a vida.
Burnout é o colapso causado por estresse crônico — muito comum entre profissionais da saúde, professores, cuidadores, mães solo, executivos, entre outros. É o esgotamento que vem quando você dá demais, por tempo demais, sem se recarregar.
A terapia cognitivo-comportamental mostra que aprender a reconhecer os sinais do corpo, estabelecer limites e sair do piloto automático da cobrança constante é essencial para interromper esse ciclo.
Com base nos dois manuais, aqui estão três atitudes com base em evidências que você pode aplicar no seu dia a dia:
Em momentos de ansiedade ou tristeza, pergunte-se:
"O que estou pensando agora?"
"Esses pensamentos são baseados em fatos ou em medos?"
A simples identificação dos pensamentos já reduz seu impacto emocional.
A ativação comportamental ensina que não precisamos esperar motivação para agir. Escolha uma pequena atividade que tenha valor para você — como ligar para alguém querido ou caminhar 10 minutos — e faça mesmo sem vontade.
A ação gera emoção.
Em vez de se cobrar mais, pergunte-se:
"Como eu trataria um amigo querido passando por isso?"
Esse tipo de reflexão ajuda a reduzir a autocrítica, uma das principais fontes de manutenção do sofrimento psicológico.
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Referências:
📘 "Vencendo a Ansiedade e a Preocupação com a Terapia Cognitivo-Comportamental" (David A. Clark & Aaron T. Beck, 2014)
📙 "Ativação Comportamental na Depressão" (Paulo R. Abreu & Juliana H. S. S. Abreu, 2020)