Postado por Derli de Castro Silva Filho em 02/06/2021 21:29
Quem nunca se deparou em diversos momentos com algum tipo de dor? Lembra-se daquela dor de cabeça que tirou o seu sono? E aquela dor de dente que não lhe permitiu sair para o trabalho? Quando nos deparamos com este tipo de dor, nossa primeira reação, antes mesmo de procurar o profissional médico, é a de aliviar a dor: abro a caixinha de medicamentos e tomo um analgésico que irá me trazer o alívio em poucos minutos. Porém, posteriormente, o efeito deste medicamento irá cessar e poderá me obrigar a procurar o melhor profissional para cuidar de minha dor.
Mas e quando a dor é aquela conhecida pelo senso comum, como a dor da alma? Normalmente para este tipo de dor, a pessoa poderá procurar práticas alternativas e /ou religiosas, para o alívio desta dor. Porém, mesmo na busca milagrosa de cessar a dor, a pessoa pode perceber que por mais que tente a ignorar, ela se faz presente... Então, realizo a seguinte questão: há cura para nossas dores emocionais?
Muitas vezes, quando a dor se torna insuportável e notamos o fracasso em cuidar de nossa dor com outras práticas alternativas, podemos (muitas vezes com resistência) procurar por um profissional psicólogo. Porém, são muitas as fantasias em torno da figura do psicólogo e uma delas, pode ser apontada como a imagem daquele que "misteriosamente" detém do poder para tirar fora a dor que me perturba. De fato, há profissionais (desqualificados) oferecendo exatamente isto que o paciente deseja diante de seu desespero: a eliminação do sintoma, o resgate da satisfação, a "cura" para a dor, como se houvesse "receitas mágicas" que se seguidas conforme a orientação do psicólogo, irão me livrar do que me atormenta.
Diante disto, é necessário o esclarecimento de que não existe cura para a dor. A dor é inerente a todo aquele que existe e se vê na condição de ter que realizar escolhas diariamente. Assim, o profissional psicólogo deverá acompanhar o seu paciente na compreensão de seu sofrimento: ajudar que o mesmo se aproprie de sua dor em vez de a eliminar. Para que serve aquele sintoma? Qual sua função na vida daquele que hoje sofre? Cura é acreditar que podemos construir com o paciente, maneiras criativas de se relacionar consigo, com o outro e com o mundo, na possibilidade de que aquele que sofre possa entrar em contato com sua dor, dar um nome a ela e, assim, possa lidar não apenas "com esta dor", mas com todas as adversidades que surgirão ao longo de sua vida. Cuidamos, primeiramente, daquele que nomeia sua dor: o paciente.
É realmente doloroso entrar neste processo de cuidado.
Porém, você não precisa ficar sozinho com o seu conflito. Eu, enquanto profissional psicólogo posso ofertar a escuta qualificada para que você também possa compreender e realizar escolhas mais funcionais, alcançando assim uma vida mais satisfatória!
DERLI DE CASTRO SILVA FILHO
CRP 05/55546
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