Postado por Roseli Vieira em 11/08/2019 11:39
Vivemos em uma cultura que não valoriza demonstrações de raiva. Desde muito pequenos aprendemos que é errado ter raiva, imagina ter raiva do irmão, do pai ou da mãe? Não, isso não é certo, não pode!
Negar a raiva torna-se tão automático, pois é produto de condicionamento de anos, que a pessoa nem percebe que está com raiva, e assim lhe é tirada a possibilidade de escolher como agir.
Raiva é um sentimento de intenso desconforto, resultado da percepção de alguma provocação, pode ser uma ofensa, um desacordo, mau tratamento, rejeição, agressão, frustração ou desmerecimento por parte de alguém ou entidade. O desconforto experimentado é tão grande que leva a pessoa a querer revidar e a atacar quem supostamente a enraiveceu.
A raiva em si não é boa, nem má, ela é uma energia, é força. Quando excessiva, constante ou mal gerenciada, ai sim passa a ser negativa.
A raiva faz a pessoa defender-se frente a insultos, injustiças, maldades, agressões. É útil como autodefesa, já que fornecerá a energia, o poder para reagir de maneira mais eficaz.
Fomos geneticamente preparados para sentir raiva, em momentos em que precisamos nos defender e neutralizar o inimigo fisicamente.
Raiva para fora: falas, expressões e ações dirigidas para outras pessoas ou objetos. Exemplos: bater ou quebrar coisas, criticar, insultar, usar de sarcasmo, ameaçar.
Raiva para dentro: a supressão do sentimento (mágoa, rancor, desalento, culpa).
A raiva deve ser controlada logo que surge, pois a pessoa ainda tem condições de ser assertiva e poder se expressar de forma adequada. Ela terá que resistir ao comportamento aprendido desde muito pequena de: “deixa pra lá”, “Não liga para isso” e resolver logo que a situação aparece.
Para não agir impulsivamente se pergunte:
A ação responsável é aquela que te ajuda a se sentir melhor, mais leve, onde você consegue perceber o que está sentindo, e consegue agir de maneira racional e responsável.
Você também não precisa agir no momento em que a situação ocorrer, pode pensar primeiro, analisar os fatos, separar dos seus julgamentos sobre a questão e agir de forma que a situação seja resolvida de forma assertiva.
Dizer algo depois de pensar com calma pode ser a melhor solução.