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Comer Compulsório: Sob a visão da Psicanálise

Postado por Karoline Scarlet em 12/08/2023 21:08


Desvendando as Camadas da Compulsão Alimentar: Um Olhar Psicanalítico à Luz de Freud e Melanie Klein

Resumo:

Este estudo investiga profundamente a complexidade da compulsão alimentar através da lente da Psicanálise, com base nas teorias de Sigmund Freud e Melanie Klein. Exploramos as motivações inconscientes, as dinâmicas de defesa e as influências das relações objetais na formação desse comportamento intrincado. Ao analisar como o ato de comer compulsivamente pode ser uma expressão de conflitos internos e ansiedades reprimidas, este estudo contribui para uma compreensão mais completa da compulsão alimentar. As perspectivas de Freud e Melanie Klein, com suas ênfases respectivas na psicodinâmica e nas relações interpessoais, proporcionam insights valiosos para desvendar as raízes desse fenômeno.

Introdução:

A compulsão alimentar, caracterizada por episódios de ingestão excessiva de alimentos em um curto período, transcende o ato físico de comer. A Psicanálise, um campo que investiga as profundezas da mente humana, oferece uma abordagem rica para entender as origens psicológicas desse comportamento. Este estudo mergulha nas teorias de Freud e Melanie Klein, destacando como suas contribuições podem arrojar luz sobre as complexas motivações subjacentes à compulsão alimentar.

Motivações Inconscientes e Mecanismos de Defesa:

O legado de Freud como o "pai da Psicanálise" nos conduz a explorar a compulsão alimentar através da lente do inconsciente. Comportamentos compulsivos podem ser entendidos como um meio de lidar com desejos reprimidos ou conflitos não resolvidos. O ato de comer em excesso pode ser uma manifestação simbólica de anseios reprimidos que encontram uma saída através da alimentação. Os mecanismos de defesa, como a projeção e a sublimação, desempenham um papel fundamental na proteção do ego contra conflitos internos.

Contribuições de Melanie Klein:

O trabalho de Melanie Klein amplia nossa compreensão da compulsão alimentar ao enfocar as relações objetais. Através da identificação projetiva, os indivíduos podem projetar suas emoções internas não resolvidas no ato de comer, buscando alívio temporário para conflitos emocionais. A compulsão alimentar pode representar uma tentativa de preencher o vazio deixado por relações objetais não satisfatórias, tornando-se um mecanismo de enfrentamento contra ansiedades profundas.

Dinâmicas de Poder e Autocontrole:

O paradigma freudiano e kleiniano ressalta as dinâmicas de poder e autocontrole subjacentes à compulsão alimentar. Comer excessivamente pode representar uma tentativa de restaurar o controle em situações onde o indivíduo se sente impotente. A compulsão alimentar pode ser um reflexo das lutas internas relacionadas à autoimagem, autoestima e às relações interpessoais.

Conclusão:A compulsão alimentar, vista através das perspectivas de Freud e Melanie Klein, emerge como um fenômeno intrincado enraizado em motivações inconscientes, ansiedades reprimidas e conflitos não resolvidos. Através da exploração das influências da infância, das relações objetais e das necessidades emocionais não atendidas, obtemos uma visão mais abrangente desse comportamento complexo. As teorias desses proeminentes psicanalistas não apenas enriquecem nossa compreensão da compulsão alimentar, mas também ressaltam a necessidade de abordagens psicológicas em abordagens clínicas voltadas para esse desafio.

Referências:Freud, S. (1905). "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade". Edições Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 7, 123-246.Freud, S. (1920).

"Além do Princípio do Prazer". Edições Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 18, 7-64.Klein, M. (1935).

"Uma Contribuição à Psicogênese dos Estados Hipomaníacos". In M. Klein, "Amor, Culpa e Reparação e Outros Trabalhos" (pp. 262-289). Imago Editora, 1996.Klein, M. (1940).

"Mourning and Its Relation to Manic-Depressive States". In M. Klein, "Contributions to Psycho-Analysis: 1921-1945" (pp. 344-369). Routledge, 2017.

 

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