Postado por Beatriz Lisboa Cavalcante em 14/09/2024 09:42
Você sabe o que é o autismo, o que causa esse transtorno e qual é o tratamento? Continue lendo e saiba mais!
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um tema que tem sido cada vez mais estudado e debatido nos últimos anos, despertando a curiosidades não somente dos pesquisadores, mas também das pessoas leigas, sobre a causa, as características e se existe tratamento.
Entender o autismo é muito importante, tanto para os profissionais da área da saúde quanto para a população em geral, devido essa condição afetar cerca de 1% da população mundial, ou seja, uma em cada 160 pessoas, possui esse transtorno. Infelizmente, o Brasil não possui estudos de prevalência do autismo, mas o que podemos deduzir de acordo com a estimativa de autista da ONU, o Brasil deve ter em torno de 1% de pessoas com esse transtorno, ou seja, pode ser que tenha cerca de 2 milhões de pessoas com TEA.
No entanto, muitas dúvidas surgem, como por exemplo, “O que é?, “O que causa?” e “Qual o tratamento?”. Para isso, o texto a seguir foi baseado no DSM-V-TR (Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Transtornos Mentais Revisado), buscando esclarecer essas questões sobre esse transtorno tão complexo. Boa leitura!
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento. O autismo é caracterizado por prejuízo em duas áreas, a comunicação social e interesses fixos e estereotipados. Porém, essas características precisam ter aparecido na primeira infância, a pessoa precisa apresentar esses sintomas e ter prejuízos significativos, isto é, precisa da ajuda de outros no dia a dia e por fim, não pode ser melhor explicado por Deficiência Intelectual e Transtorno do Desenvolvimento.
Não existe uma única causa para que uma pessoa já nasça com o espectro do autismo, mas a maioria dos pesquisadores acreditam que é um resultados de vários fatores.
Cerca de 81% dos autismo são genéticos herdados, o que isso quer dizer? Isso significa que as variantes genéticas que causaram o autismo naquela pessoa, podem ser encontradas no pai ou na mãe, ou ainda em ambos.
Cerca de 18% é genético não herdado, o gene causador do autismo não é encontrado nos pais, mas está presente somente na criança, logo foi causado por uma mutação do DNA do indivíduo durante a sua formação.
*Lembrando que todos nós temos mutações genéticas, é natural, porém a maioria não causam problema algum.
Outro fator que aumenta a probabilidade desses fatores acontecerem é a idade dos pais, quanto mais eles passam dos 35 anos começa a aumentar o risco, porque há uma perda do material genético.
E cerca de 1 a 3% do autismo é ambiental, e aqui não é do ambiente de casa, externo, é relacionado à gestação, aos três primeiros meses. O consumo do ácido valproico (anticonvulsivante e estabilizador do humor) e infecções durante a gestação podem interferir no desenvolvimento do TEA, sendo fatores muito raros.
O tratamento para o TEA é feito de forma individualizada, devido cada pessoa apresentar dificuldades específicas. Embora não exista cura, diversas intervenções com comprovação científica podem ajudar a pessoa a melhorar a sua qualidade de vida e desenvolver suas habilidades sociais, comunicativas e comportamentais.
Alguns dos principais tipos de tratamentos que podem ajudar estão:
Terapia Cognitivo Comportamental para tratar sintomas decorrentes do autismo, como ansiedade e depressão, muito usado em casos de autismo leve, ou seja, que precisa de pouco suporte.
ABA (Análise do Comportamento Aplicada): muito usada com crianças para desenvolver suas habilidades e dificuldades decorrentes do autismo, sendo adaptada de acordo com a necessidade da pessoa.
Medicamentos: embora não exista um medicamento que trate o autismo, existem dois remédios que ajudam as pessoas que têm esse espectro. A risperidona e o aripiprazol ajudam nos sintomas secundários, sendo a irritabilidade e a agressividade e por fim o suplemento melatonina, que auxilia nos casos em que a pessoa tem dificuldades para dormir, devido às pessoas com o TEA produzirem menos esse hormônio, sendo que é esse hormônio que nos faz sentir sono.
Se você estiver precisando de ajuda, estou aqui!
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Beatriz Lisboa Cavalcante
CRP - 18/8726
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