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Comunicação Não Violenta: Uma Abordagem Terapêutica na Promoção da Saúde Mental

Postado por Weslley Fernando Perin em 01/05/2024 19:37


A comunicação é essencial para as interações humanas, para o estabelecimento de relacionamentos saudáveis e para a resolução de conflitos. No entanto, nem sempre somos proficientes em comunicar nossas necessidades, sentimentos e preocupações de maneira construtiva. Muitas vezes, nossas interações são permeadas por padrões de comunicação inadequados, resultando em conflitos, mal-entendidos e até mesmo violência verbal ou emocional.

Nesse contexto, a Comunicação Não Violenta (ou apenas CNV) emerge como uma abordagem terapêutica fundamentada na psicologia, que visa promover uma forma de comunicação mais empática, autêntica e compassiva. Desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg na década de 1960, a CNV oferece um conjunto de princípios e técnicas que podem transformar radicalmente a maneira como nos relacionamos e nos comunicamos com os outros.

Veja abaixo os princípios fundamentais da comunicação não violenta, onde baseia-se em quatro componentes inter-relacionados, que constituem os pilares de uma comunicação eficaz e compassiva:

  1. Observação: A primeira etapa envolve a observação objetiva e imparcial de eventos, sem julgamento ou interpretação. É fundamental distinguir entre observação e avaliação, evitando expressões que envolvam críticas ou julgamentos de valor.

  2. Sentimento: Em seguida, é importante identificar e expressar os sentimentos que surgem em resposta às observações feitas. Reconhecer e validar nossas emoções nos torna mais conscientes de nossas necessidades subjacentes e nos ajuda a nos conectar com nossa própria humanidade e a dos outros.

  3. Necessidade: Todos nós compartilhamos necessidades humanas universais, como segurança, autonomia, pertencimento e realização pessoal. Articular essas necessidades de forma clara e respeitosa é essencial para construir empatia e compreensão mútua.

  4. Pedido: Por fim, a CNV nos encoraja a fazer pedidos específicos e concretos, que estejam alinhados com nossas necessidades e que possam contribuir para o bem-estar de todas as partes envolvidas. É importante formular pedidos positivos, focados em ações concretas e realizáveis.

A prática regular da CNV pode ter inúmeros benefícios para a saúde mental e o bem-estar emocional. Ao cultivar uma comunicação mais consciente e compassiva, somos capazes de:

  • Construir relacionamentos mais profundos e significativos, baseados na confiança, no respeito mútuo e na empatia;
  • Resolver conflitos de forma construtiva, encontrando soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas;
  • Fortalecer nossa autoestima e autoconsciência, ao reconhecer e expressar nossos sentimentos e necessidades de forma autêntica;
  • Desenvolver habilidades de escuta ativa e empatia, que nos permitem compreender verdadeiramente as experiências e perspectivas dos outro;
  • Promover um ambiente de trabalho colaborativo e inclusivo, onde todos se sintam valorizados e ouvidos.





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