Postado por Daniele Gonçalves Souza em 23/06/2025 11:50
Vivemos em uma sociedade que valoriza produtividade, desempenho e resultados. No entanto, essa pressão constante tem levado muitas pessoas ao esgotamento físico e emocional, conhecido como Síndrome de Burnout — um dos principais motivos de adoecimento no trabalho atualmente.
O Burnout é um transtorno psíquico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), causado por estresse crônico e mal gerenciado no contexto ocupacional. Ele vai além do simples cansaço e pode comprometer seriamente a saúde mental, os relacionamentos e a qualidade de vida do indivíduo.
Os sintomas surgem de forma progressiva e podem variar de pessoa para pessoa. Os principais incluem:
Cansaço físico e mental constante, mesmo após o descanso
Sensação de ineficiência, inutilidade ou fracasso no trabalho
Irritabilidade, impaciência, explosões emocionais e crises de choro
Dificuldade de concentração, esquecimentos e sensação de “mente nublada”
Apatia, desmotivação e perda de interesse pelas atividades antes prazerosas
Distanciamento emocional, isolamento social e sensação de estar "no automático"
Sintomas físicos como dores no corpo, problemas gastrointestinais, insônia e queda de imunidade
Esses sinais são o corpo e a mente tentando dizer que os limites foram ultrapassados. Muitas vezes, a pessoa continua se forçando a manter a rotina, acreditando que está “dando conta” — até que o adoecimento se instala de forma intensa e paralisante.
Não. Embora fatores pessoais contribuam, o ambiente de trabalho tem papel fundamental. Climas organizacionais tóxicos, falta de reconhecimento, sobrecarga de tarefas, ausência de pausas, metas inatingíveis, competitividade excessiva e relações interpessoais conflituosas são gatilhos frequentes.
É por isso que o combate ao Burnout deve envolver tanto o cuidado individual quanto a transformação dos contextos profissionais.
A psicoterapia é um caminho eficaz para compreender o que está gerando sofrimento e desenvolver novas formas de lidar com as pressões do cotidiano. Durante o processo terapêutico, é possível:
Reconhecer limites e aprender a respeitá-los
Reorganizar prioridades e reequilibrar vida pessoal e profissional
Desenvolver habilidades de enfrentamento e comunicação assertiva
Recuperar autoestima, motivação e propósito
Muitas vezes, também é necessário rever relações de trabalho, aprender a dizer “não”, negociar demandas e, em alguns casos, considerar mudanças mais significativas para preservar a saúde mental.
Se você se identificou com esse texto ou conhece alguém passando por esse tipo de esgotamento, não adie o cuidado com sua saúde mental. Ninguém precisa enfrentar isso sozinho.
Daniele Souza
Psicóloga – CRP 04/66318
Especialista em Neuropsicologia e Psicoterapia Cognitivo-Comportamental
Atendimento online e presencial – Belo Horizonte / MG
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