Erro

Vamos falar de motivação. Você vive para comer ou come para viver?

Postado por Custodio Cruz de Oliveira e Silva em 24/02/2022 22:37


Nossos motivos são os nossos “motores”; o que nos faz mover, agir, em certa direção. O motivo é a causa psicológica que produziu uma ação de efeito. Os estímulos que recebemos podem se tornar motivadores para nossos comportamentos mas nossos sentimentos também nos motivam muito, principalmente quando nos sentimos autênticos, idênticos a nós mesmos; outra motivação importante é a curiosidade que surge em nossos pensamentos porque nos leva a buscar respostas.

Cada uma dessas fontes de nossa motivação pode ser experimentada de duas formas: motivação reativa ou motivação proativa. Agimos para conseguir a satisfação de uma necessidade que experimentamos (motivação reativa); ou agimos procurando criar uma situação nova, inédita, na nossa vida (motivação proativa).

A motivação reativa tenta eliminar uma sensação de insatisfação que faz a pessoa se sentir ou incomodada ou ter algum sofrimento; o objetivo da pessoa é reagir a esta situação indesejada é aliviar o sofrimento.

A motivação proativa é aquela que leva a pessoa a desejar algo a mais na sua vida, um enriquecimento de sua experiência, uma ampliação de seus horizontes e por isso é também chamada de motivação de crescimento.

São duas forças que atuam incessantemente: a tentativa de conservação e a ousadia da inovação. Estamos constantemente envolvidos neste dilema entre conservar ou renovar; ou, entre dar importancia para pequenas coisas ao invés de buscar o que poderia ter maior alcance na vida pessoal.

As pessoas realizadoras são mais motivadas para o crescimento (proativa) do que para suas necessidades básicas (reativa). É fácil exemplificar esses tipos de motivação. Se uma pessoa diz que quer se casar porque não aguenta mais viver com seus pais, isto seria uma motivação reativa; por outro lado, se a pessoa quer casar, motivada pela vontade de construir uma nova etapa em sua vida, compartilhando suas experiências com alguém que ama e deseja, isto seria um exemplo claro de motivação proativa.

O maior agente de resistência à motivação proativa e às mudanças é o medo, e o medo mais profundo é o medo de si-mesmo, de suas vontades, de seus sonhos, de suas visões.  Uma outra forma de resistência à motivação pode ser a própria motivação. Se a pessoa está excessivamente motivada em uma coisa só, não é bom sinal; cuidado com essa 'armadilha'; porque isto pode gerar stress das condições e aptidões psíquicas da pessoa; a pessoa assume compromissos exagerados e, à medida que se frustra pelos insucessos ou pelos atrasos inevitáveis, acaba perdendo a motivação, e a auto-estima 'vai lá embaixo'.  O mesmo efeito ocorre quando a pessoa adota metas super-dimensionadas, inviáveis de serem realizadas. O ideal é que a pessoa consiga adquirir o máximo de motivação e encontre as condições adequadas para que produza ações que sejam de qualidade, para realizá-las, colocar a vontade dentro de uma realidade, uma possibilidade.  

 






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