Postado por Diego do Nascimento Souza em 25/05/2025 15:30
Tem gente que nos fortalece. E tem gente que nos esgota. Todo mundo, em algum momento da vida, já viveu um relacionamento onde sentiu que dava mais do que recebia. No início, pode parecer só uma fase difícil, um descompasso temporário. Mas quando isso vira rotina, quando a gente começa a se sentir drenado, sem forças, sem brilho, é sinal de que algo está muito errado. O nome disso? Relacionamento tóxico. E o mais difícil: às vezes, a gente demora a perceber porque o afeto que sentimos nos impede de enxergar a realidade com clareza.
Relacionamentos que sugam não são só os românticos. Podem estar dentro da nossa casa, no nosso ambiente de trabalho, entre amigos ou até mesmo na vida espiritual. São relações onde o equilíbrio não existe, onde um lado sempre cede, se doa, se anula — e o outro apenas exige, consome, cobra e culpa. E a grande armadilha é o medo: medo de se afastar, de parecer egoísta, de decepcionar o outro. Medo da solidão. Medo de não encontrar mais ninguém!
O problema é que o medo prolonga o sofrimento. E, muitas vezes, insistimos em relações que já deixaram de ser amorosas para se tornarem prisões emocionais. A gente fica tentando resgatar o que um dia foi bom, acreditando que o outro vai mudar, que vai perceber o quanto estamos nos machucando. Mas é preciso lembrar: toda relação saudável é construída a dois. Amor que só sobrevive porque um insiste, se sacrifica e engole sapo todos os dias, não é amor. É desequilíbrio.
Muita gente chega ao consultório dizendo: "Mas eu o amo", "Ela precisa de mim", "Não quero abandoná-lo agora". E a pergunta que eu sempre devolvo é: e você, onde está nessa equação? O amor não exige a nossa destruição. Pelo contrário, ele nos constrói. Relacionamentos saudáveis não são aqueles em que você está sempre se consertando para caber no mundo do outro, mas aqueles em que ambos se ajustam, se respeitam e crescem juntos.
É preciso coragem para olhar com honestidade para o que você está vivendo. Coragem para admitir que não está bem. Que está cansado, triste, frustrado, invisível. E coragem, acima de tudo, para fazer escolhas que te devolvam a paz. Porque, às vezes, sair de uma relação que suga não é desistir do outro. É decidir não desistir de si mesmo.
Se você se identifica com esse tipo de relação e sente que está difícil demais lidar sozinho com tudo isso, saiba que a psicoterapia pode ser um espaço seguro para refletir, se fortalecer e tomar decisões com mais clareza e apoio. O processo terapêutico não impõe respostas, mas te ajuda a encontrar as suas — aquelas que fazem sentido para a sua história, seus limites e seus sonhos.
Se você sente que já passou do tempo de cuidar de si, mas não sabe por onde começar, talvez essa leitura tenha sido o primeiro passo. O segundo pode ser buscar ajuda. Estou aqui para te ouvir, te acolher e caminhar com você rumo a uma vida mais leve, mais consciente e mais sua!
Diego Nascimento
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