Postado por Maicol José Bergo em 05/01/2024 10:20
Você sabe o que Wilhelm Reich, Georges Bataille e Anaïs Nin têm em comum?
Existe uma inter-relação na maneira como todos veem o erotismo como algo além da simples expressão sexual. Reich, Bataille e Nin compartilham uma preocupação com a liberdade e a expressão autêntica do desejo humano. Suas abordagens diferem na ênfase colocada na psicanálise, na transgressão ou na exploração subjetiva, mas todos convergem para a ideia de que o erótico é um domínio complexo que desafia as convenções.
Reich abordou o erótico em relação à liberação emocional e corporal por meio da via científica e psicanalítica; em "A Função do Orgasmo", ele fala sobre a importância do orgasmo na saúde psicológica e física. Reich acreditava que a repressão sexual estava ligada a distúrbios psíquicos e sociais.
Bataille, em "Erotismo" e obras como "História do Olho", explora o erótico como uma força que transcende as normas sociais, desafiando tabus e procurando uma expressão visceral do desejo humano por uma linguagem provocativa e muitas vezes transgressora para criar uma atmosfera de subversão e busca por limites extremos.
A feminista Anaïs Nin, conhecida por seus diários íntimos e obras como "Delta de Vênus", aborda o erotismo de maneira sensível e reflexiva. Sua obra é poética e introspectiva, explorando o erotismo feminino e a conexão entre sexualidade e expressão artística por aquilo que a literatura é: linguagem.
Reich, Bataille e Anaïs Nin, apesar de pertencerem a contextos e abordagens distintas, compartilham uma conexão por meio de suas explorações do erótico e suas implicações psicológicas e artísticas. O erotismo, em suas obras, transcende a mera expressão sexual, e seus escritos oferecem insights profundos sobre a condição humana.
Deixo três dicas de leitura para quem deseja mergulhar na ampla expressão da sexualidade humana:
Maicol José Bergo
Psicólogo Clínico
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