Postado por Alessandra Graciela Rodrigues de Medeiros Giné em 03/07/2025 08:22
A ansiedade pode ser entendida como um estado emocional de alerta diante da percepção de uma ameaça, real ou imaginária. Diferente do medo, que é uma resposta a um perigo concreto e imediato, a ansiedade costuma estar relacionada a antecipações futuras, muitas vezes catastróficas.
Do ponto de vista clínico, os transtornos de ansiedade incluem condições como:
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Transtorno do Pânico
Fobias Específicas
Fobia Social (ou Transtorno de Ansiedade Social)
Transtorno de Ansiedade de Separação
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (relacionado, mas classificado à parte)
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Físicos: palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, tensão muscular, náuseas, tontura.
Cognitivos: pensamentos acelerados, preocupação constante, dificuldade de concentração, antecipações negativas.
Emocionais: nervosismo, medo, angústia, sensação de descontrole.
Comportamentais: evitação de situações, compulsões, necessidade de segurança constante.
Vivemos em uma sociedade marcada pela hiperconectividade, pressa e cobranças constantes. A aceleração do ritmo de vida, a comparação social exacerbada e a sobrecarga de informações contribuem para o aumento dos níveis de ansiedade, especialmente entre jovens e adultos em idade produtiva.
O tratamento da ansiedade é altamente eficaz e pode combinar diversas abordagens:
Psicoterapia: a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das intervenções com maior respaldo científico, ajudando o paciente a identificar padrões disfuncionais de pensamento e comportamento.
Terapias de terceira geração: como o Mindfulness, a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e a Terapia Focada na Compaixão (CFT).
Medicamentos: os ansiolíticos e antidepressivos podem ser indicados em casos moderados a graves, sempre com acompanhamento médico.
Mudanças no estilo de vida: atividade física regular, sono de qualidade, alimentação equilibrada, técnicas de respiração e relaxamento
A ansiedade, apesar de ser uma resposta normal do organismo, pode se tornar debilitante quando desregulada. O conhecimento sobre suas causas, sintomas e possibilidades de tratamento é fundamental para reduzir o estigma e promover intervenções eficazes. Cuidar da saúde mental deve ser prioridade, e buscar ajuda profissional é um ato de coragem e autocuidado.
O diagnóstico de um transtorno de ansiedade deve ser realizado por profissionais habilitados, com base em critérios do DSM-5 ou CID-11. Procure sempre um especialista.