Erro

Você gosta de ter tudo sobre controle?

Postado por Letícia Proferi Toscano em 16/05/2024 15:20


É mesmo possível controlar todos os detalhes da nossa vida? A resposta é simples: improvável.

Muitas das coisas que acontecem conosco estão além do nosso alcance ou desejo.

O máximo que podemos fazer é aprender a reagir às situações da melhor maneira possível. É aqui que está o alcance do nosso controle: nas nossas reações.

Ainda assim, muitas pessoas tentam gerenciar as suas vidas e, por vezes, a vida dos outros.

Dificilmente pessoas controladoras encontram um meio-termo entre o que podem ou não podem controlar, o que resulta em grande sofrimento emocional.

ansiedade é uma das principais consequências da mania de controle.

Embora nós tenhamos que nos planejar e nos preparar para algumas situações em nossas vidas, bem como supervisionar e direcionar o comportamento de outras pessoas, como as crianças, não é possível exercer total controle

 

Muitos indivíduos têm a popularmente conhecida “mania de controle”. Quando não sabem dosar esse comportamento, eles podem afastar as pessoas e gerar animosidade.

Afinal, ninguém gosta de ter alguém lhe dizendo o que fazer o tempo inteiro.

No entanto, esses indivíduos também sofrem com esse comportamento. Como não obtêm sucesso ao tentar controlar tudo, eles se frustram com mais frequência.

A culpa é outro sentimento que tende a fazer muitas visitas. Não raro eles se sentem culpados por terem exagerado na dose de controle com um ente querido.

Indivíduos controladores compartilham de alguns traços comportamentais.

Nem sempre eles têm consciência deles ou conseguem compreender o porquê de outras pessoas não gostarem da maneira como agem.

Algumas das condutas típicas de pessoas controladoras são:

  • Criticismo;
  • Necessidade de saber tudo sobre a vida dos outros;
  • Dificuldade para aceitar pensamentos e comportamentos diferentes;
  • Se preocupar demasiadamente com as escolhas dos outros;
  • Ansiedade ao não conseguir controlar a situação;
  • Rigidez;
  • Dificuldade para se adaptar a situações novas;
  • Apego excessivo à rotina;
  • Normas pessoais inabaláveis; e
  • Pouca tolerância ao estresse.

Geralmente, a imposição de regras severas acerca da alimentação, de horários para brincar e dormir, das amizades e do acesso às atividades de lazer leva a criança a acreditar que um estilo de vida excessivamente regrado é a melhor opção para a sua sobrevivência. 

Atitudes espontâneas, como brincadeiras e planos com amigos, eram desencorajadas para preservar a ordem e evitar possíveis riscos.

Como resultado, na vida adulta, o indivíduo não sabe responder a imprevistos e eventos repentinos.

Ele também tende a ser rígido e inflexível por conta dessa criação.

No caso do comportamento controlador nos relacionamentos, o indivíduo controlador pode ter observado essa conduta nos próprios pais ou em pessoas próximas e a internalizado como positiva ou “normal” dentro de uma relação.

 

Elas precisam sentir que estão no controle porque normalmente não conseguem se sentir bem consigo mesmas.

A ilusão de que podem mandar nas situações e nas pessoas ao seu redor até certo ponto faz com que elas se sintam importantes e competentes.

Se não se sentem no controle das situações, elas são dominadas pelo medo do desconhecido.

Assim, podem criar cenários em suas cabeças em que passam por ocasiões ruins, como ser desvalorizado no trabalho ou no círculo de amigos, e alimentar a ansiedade sem ter a intenção de fazê-lo.






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