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Viver o Luto: Um Processo Natural que Merece Cuidado e Acolhimento

Postado por Rosangela Cavalcante em 28/05/2025 09:25


Perder alguém que amamos é uma das experiências mais dolorosas da vida. O luto é uma resposta emocional profunda à perda — não apenas à morte de uma pessoa querida, mas também a rompimentos, mudanças de vida, perdas simbólicas ou existenciais. Ainda que cada pessoa viva o luto de maneira única, ele faz parte da nossa condição humana.

A Psicologia compreende o luto não como uma “doença”, mas como um processo natural. Porém, em certos momentos, ele pode se tornar mais difícil de elaborar, causando sofrimento intenso e prolongado. Nesses casos, a psicoterapia pode oferecer um espaço fundamental de escuta, cuidado e reconstrução.

 

O Luto nas Abordagens Psicodinâmica e Sistêmica

Na perspectiva psicodinâmica, o luto é visto como um trabalho psíquico necessário para reorganizar a vida interna diante da ausência. Freud, em seu texto clássico Luto e Melancolia (1917), descreve o luto como um processo de desligamento emocional progressivo, que permite à pessoa investir energia em novos vínculos e projetos, após reconhecer e elaborar a perda.

A abordagem sistêmica, por sua vez, observa como o luto afeta e é afetado pelos vínculos familiares e sociais. Em muitas famílias, o sofrimento é silenciado ou tratado como fraqueza. Em outras, a dor é compartilhada e acolhida. O modo como a rede de apoio responde ao luto pode facilitar ou dificultar o processo de enfrentamento.

Ambas as abordagens destacam que não existe um "tempo certo" para o luto. Ele é atravessado por fases, idas e vindas, e precisa ser vivido e escutado com respeito.

 

Luto saudável é luto vivido

É comum ouvir frases como "já passou da hora de seguir em frente" ou "você precisa ser forte". Mas o luto não obedece a prazos nem exige força. Ele pede tempo, escuta, presença e cuidado. Quando a dor é negada ou reprimida, ela pode se transformar em adoecimento — físico, emocional ou relacional.

A psicoterapia oferece um espaço seguro para dar sentido à perda, expressar sentimentos como raiva, culpa, tristeza, medo e até alívio — todos legítimos. Através do processo terapêutico, é possível transformar a dor em memória, e a ausência em presença simbólica, mantendo vínculos de maneira saudável e respeitosa.

 

Apoio psicológico como caminho de reconstrução

Viver o luto é mais do que superar uma ausência — é reconstruir a si mesmo após a perda. Na terapia, é possível:

  • Elaborar a dor da perda;
     

  • Reencontrar sentido para a vida;
     

  • Reconstruir vínculos e projetos;
     

  • Lidar com conflitos familiares ou sociais associados ao luto;
     

  • Acolher emoções difíceis com compaixão e autenticidade.
     

O cuidado psicológico não “cura” o luto, mas acompanha e sustenta quem passa por ele, tornando o caminho menos solitário e mais humano.

Você não está sozinha(o): a terapia pode ajudar

Se você está enfrentando um momento de perda e sente que precisa de apoio, saiba que não precisa passar por isso sozinha(o).
Sou a Psicóloga Rosangela Cavalcante, e atendo com base nas abordagens psicodinâmica e sistêmica, oferecendo escuta qualificada e acolhedora para quem vive o luto, a dor da ausência e as transformações emocionais que esse processo traz.

Atendimento online com foco no cuidado emocional e humano, para pessoas em qualquer lugar do Brasil ou do mundo.


📩 Agende uma conversa pelo Instagram @psi.rosangelacavalcante ou pelo e-mail psicologarosangelacavalcante@gmail.com 

 

Referências

  • Freud, S. (1917). Luto e Melancolia. In: Obras Completas, Imago.
     

  • Worden, J. W. (2018). Tarefas do Luto: Uma Abordagem para o Aconselhamento e a Psicoterapia. Summus.
     

  • Neimeyer, R. A. (2001). Meaning Reconstruction and the Experience of Loss. American Psychological Association.
     

Santos, E. C. F., & Almeida, M. M. (2021). A experiência do luto e o suporte psicoterapêutico: uma análise na perspectiva sistêmica. Revista Brasileira de Terapia Familiar.






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