Erro

Uma palinha sobre autoconhecimento

Postado por Caio Augusto Melville de Souza Zanis em 18/03/2021 12:09


 

 

Uma fala que vem se ecoando nessa nova sociedade, com o passar do tempo e que cada vez mais pessoas vão falando sobre sua necessidade. Mas, o que seria autoconhecimento? Para que serve isso? Porque é importante nos conhecer afinal? Bom, é algo que sempre foi importante, mas acabamos nos distanciando do verdadeiro significado de “quem nós somos”. Estamos sempre em busca do desconhecido, olhar para fora de nosso planeta, conhecer novos lugares e novas pessoas, explorar um mundo vasto e o espaço inexplorado. Olhamos tanto para fora que nos esquecemos de algo, uma coisa tão importante que saber só um pouquinho já muda todo um olhar e que isso pode nos mudar. Esquecemos então de olhar para nós mesmos, esquecemos de nos conhecer, esquecemos de tentar nos entender e que assim somos afundados em nossos medos, angústias que nem mesmos sabemos sobre.

O autoconhecimento serve para clarear o que deixamos escuro sem querer, nos faz compreender da beleza da peculiaridade de quem nós somos e que assim nos faz uma versão diferente de quem éramos no dia anterior. Também é uma jornada difícil, de olhar para nossos medos, para as nossas feiuras, para o que nos é ridículo. Se olhar pode machucar, pode incomodar, pode enojar e assim acabamos sendo um estranho para nós mesmos. Pode ser tortuoso, mas também nos humaniza. Acaba sendo uma tocha em meio à escuridão, clareamos o que não vemos por conta da cegueira da vida, que impede de olhar para nós mesmos, te ensina sobre quem você é e sobre quem você tem medo de ser. No fim, se conhecer, aprender mais sobre si, te humaniza e te mostra que você é somente você e ninguém mais. Mostra que suas dores são válidas, são verdadeiras, são reais e com isso tudo mostra que não pode deixar pra lá. Acabamos esquecendo de muita coisa por medo, por receio, por vergonha e isso é natural, mas não saudável.

Se conhecer, o autoconhecimento propriamente dito é uma aventura que leva tempo e que o importante não é destino final, mas sim apreciar a viagem. É aproveitar o caminho, a euforia de descobrir algo sobre si que não sabia, se espantar com algo tão trivial que estava sempre a sua frente, mas que não via pelo mero acaso de evitar se olhar. Muitos têm medo de se olhar, tem medo de se conhecer, tem receio de encontrar algo que não queriam, lembrar-se de algo bem esquecido e tudo bem, medo de olhar para o desconhecido, olhar para o escuro é assustador e ainda mais quando é nosso.

Esse processo de autoconhecimento é uma ferramenta e tanto quando o assunto é lidar com as coisas da vida que estão difíceis de lidar. Já se lembrou de algum momento em que queria dizer “não” e não conseguiu? De algum relacionamento que era ruim, mas que perdurou por mais tempo que deveria? De um emprego na qual odiava, mas que ficou nele sem saber o por quê? Daquela pessoa que você não foi com a cara dela, mas não sabe o porquê disso? É incrível ver que muito das coisas fazemos nem sabemos o porquê fazemos, mas, mesmo sim fazemos e repetimos pensamentos ou comportamentos que nos machucam. O mesmo é para o desejo, muitas vezes desejamos o que é impossível, o que é do outro, que é complicado, que é ilógico e que nos machucará, mas mesmo assim, estamos de olho desejando sem saber por que desejamos.

É nos conhecer, nos compreender e com isso, é clarear o que por muito tempo foi uma escuridão. Lembrar também que é sair da zona de conforto, nos colocar de frente com o desconhecido que é familiar ao mesmo tempo. É uma experiência que nos transforma e que sempre vai existir, auto conhecimento não tem prazo pois é uma eterna viagem. Todo dia nos conhecemos mais e essa é a graça da viagem, aproveitar o caminho pois é nele onde estão as melhores coisas sobre nós mesmos.

 

 

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