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Teoria do Apego: a base de nossos padrões de relacionamento

Postado por Caroline Wachholz Muterle em 27/09/2023 11:54


Teoria do Apego: a base de nossos padrões de relacionamento.

No emaranhado das relações humanas, os estilos de apego servem como fios que nos unem aos nossos entes queridos. Esses padrões profundamente arraigados de conexão emocional, formados durante nossos primeiros anos, têm um impacto profundo na maneira como navegamos e vivenciamos relacionamentos ao longo de nossas vidas. Como psicóloga, é essencial esclarecer os estilos de apego, pois eles desempenham um papel fundamental na compreensão e na melhoria da dinâmica das nossas conexões com os outros.

As origens dos estilos de apego
A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby em meados do século XX, sugere que as nossas primeiras interações com os cuidadores moldam os nossos estilos de apego. Esses estilos podem ser categorizados em quatro tipos principais: Seguro, Ansioso-Preocupado, Dismissivo-Evitativo e Temeroso-Evitativo. Cada estilo é um modelo único de como abordamos a intimidade, a confiança e a vulnerabilidade emocional.

 

  1. Apego Seguro: A Base de Relacionamentos Saudáveis 
    Indivíduos com estilos de apego seguros tendem a ter uma visão positiva de si mesmos e de seus parceiros. Eles acham mais fácil confiar e ser abertos em seus relacionamentos. Eles se sentem confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência, atingindo um equilíbrio harmonioso que promove conexões saudáveis.
  2. Apego Inseguro: desejo de segurança
    Aqueles com um estilo de apego ansioso e preocupado muitas vezes buscam garantias constantes e temem o abandono. A sua intensidade emocional pode levar ao apego e à preocupação, que, se não forem geridos, podem prejudicar os relacionamentos.
  3. Apego desapegado-evitativo: O Muro da Independência
    Por outro lado, indivíduos com estilos de apego desdenhoso-evitativo valorizam a independência e a autossuficiência. Eles podem parecer emocionalmente distantes e achar difícil expressar seus sentimentos, o que pode dificultar a intimidade emocional.
  4. Apego assustado-evitativo: um cabo de guerra com a intimidade
    Um estilo de apego medroso-evitativo combina a ansiedade do estilo ansioso-preocupado com o medo do compromisso observado em indivíduos desdenhosos-evitativos. Este conflito interno pode criar relacionamentos tumultuados marcados por dinâmicas push-pull.

Abraçando a mudança e o crescimento
Compreender os estilos de apego nos permite reconhecer nossos padrões e trabalhar em prol de relacionamentos mais saudáveis e gratificantes. Como psicólogo, encorajo você a embarcar em uma jornada de autodescoberta e cura. Através da terapia e da autorreflexão, podemos reestruturar os nossos estilos de apego, promovendo a segurança e a resiliência nas nossas ligações com os outros.

Concluindo, os estilos de apego são as lentes através das quais percebemos e nos envolvemos com o mundo dos relacionamentos. Ao reconhecer esses padrões e buscar orientação profissional, podemos preparar o caminho para conexões mais significativas, empáticas e seguras com aqueles que amamos.

 

Psicóloga Esp. Caroline Wachholz Muterle
CRP 07/36178
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