Postado por Keliane Alves Pereira em 23/09/2025 11:02
Você é uma pessoa que costuma sentir vergonha com muita frequencia? Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos esse sentimento como resultado de pensamentos automáticos negativos, como “não sou bom o bastante” ou “vão rir de mim”. O problema é que, quando acreditamos nisso, acabamos nos isolando e reforçando ainda mais a vergonha. A boa notícia é que podemos lidar com ela! Primeiro, identificamos essas crenças distorcidas e aprendemos a questioná-las: será que realmente todos pensam isso de mim? Depois, praticamos novas formas de agir, como a exposição gradual a situações que causam desconforto e o treino de habilidades sociais. Aos poucos, a vergonha perde força, e no lugar dela surge mais confiança e autocompaixão.
Alguns passo para enfrentar a vergonha:
Identifique a situação
→ Escreva quando você costuma sentir vergonha (ex.: falar em público, errar na frente de alguém, pedir ajuda).
Anote o pensamento automático
→ Pergunte-se: “O que passou pela minha mente nesse momento?” (ex.: “Vão me achar ridículo”).
Questione a crença
→ Pergunte: “Tenho provas reais disso?” ou “E se fosse outra pessoa nessa situação, eu julgaria tão duramente?”.
Substitua por um pensamento mais útil
→ Transforme a frase: de “Vão rir de mim” para “Todos erram, e isso é humano”.
Exposição gradual
→ Escolha pequenas situações para se desafiar. Ex.: falar uma ideia em uma reunião pequena antes de tentar falar para um grupo grande.
Autocompaixão
→ Ao invés de se criticar, diga algo como: “Eu estou aprendendo, e está tudo bem não ser perfeito”.
Lembre-se: sentir vergonha é parte da vida e não tem nada de errado nisso. Na verdade, ela pode até nos ajudar a refletir sobre nossos comportamentos. O problema aparece quando a vergonha se transforma em medo constante e começa a nos impedir de agir. Imagine quantas oportunidades incríveis você pode perder se deixar que esse sentimento controle suas escolhas. A coragem não significa ausência de medo, mas sim a decisão de seguir em frente apesar dele. Portanto, dê pequenos passos, celebre cada conquista e reconheça seu valor. Quanto mais você pratica, mais livre se torna para viver de forma autêntica e confiante.
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Psicóloga Keliane Pereira
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