Erro

Sinais de que você pode estar em burnout (e nem percebeu)

Postado por Carla Fantinel Kerber em 26/05/2025 10:07


Você já se sentiu tão cansada(o) que até atividades simples parecem difíceis? Já acordou exausta(o), mesmo depois de uma noite inteira de sono? Ou sentiu como se a vida estivesse no piloto automático, sem brilho, sem pausa, sem prazer?

Se respondeu “sim” para essas perguntas, talvez esteja vivenciando sinais de burnout — um esgotamento físico, mental e emocional que surge quando vivemos sob pressão constante, com poucas pausas e exigências cada vez maiores, seja no trabalho, nos estudos, na família ou em múltiplos papéis sociais que tentamos desempenhar ao mesmo tempo.


O que é burnout, afinal?

O burnout não é apenas “muito estresse”. É um estado de exaustão profunda que afeta sua energia, sua motivação e até sua identidade. A sensação de que nada é suficiente, de que você está sempre devendo algo, mesmo quando se esforça ao máximo, é um dos sinais mais característicos.

Diferente de um cansaço que passa com descanso, o burnout vai se acumulando em camadas: primeiro vem a irritação, depois a apatia, depois a sensação de que tudo perdeu o sentido. Você começa a se arrastar pelos dias, funcionando apenas no automático.


Exemplos comuns de quem vive isso:

  • A pessoa que trabalha até tarde todos os dias, mas não sente orgulho, apenas alívio por “não ter deixado nada para trás”.

  • Aquela que acorda já exausta e vive pensando nas próximas férias, mas não consegue aproveitar o final de semana.

  • Alguém que sente culpa por descansar e se pega dizendo “eu devia estar sendo mais produtiva(o)”.


Sintomas que merecem atenção:

  • Cansaço crônico, que não melhora mesmo com descanso;

  • Falta de energia ou motivação para atividades básicas;

  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo);

  • Sensação de incapacidade ou ineficácia;

  • Distanciamento emocional — especialmente no trabalho;

  • Queda na produtividade;

  • Isolamento social;

  • Irritabilidade ou explosões emocionais inesperadas;

  • Sensações físicas como dores de cabeça, enxaquecas, problemas gastrointestinais.

Esses sintomas não aparecem todos de uma vez, e por isso muitas pessoas demoram para perceber que estão entrando em colapso. Elas se acostumam com o mal-estar, se adaptam à dor silenciosa.


A metáfora da chaleira

Pense em uma chaleira no fogo. Se você não prestar atenção, ela vai esquentando, esquentando… até que um dia ela apita. O burnout é esse apito — o ponto onde o seu corpo e sua mente gritam por socorro.

A diferença é que, ao contrário da chaleira, nem sempre temos a chance de sermos retirados do fogo a tempo. E quando isso acontece, o estrago pode afetar nossa saúde de forma duradoura.


O papel da terapia nesse processo

A boa notícia é que você não precisa chegar ao colapso para buscar ajuda. A terapia pode entrar como um espaço de resgate — não apenas para aliviar os sintomas, mas para reconstruir sua relação com os próprios limites, com o descanso, com o merecimento e com o cuidado de si.

Na terapia, você não precisa ser forte o tempo todo. Pode tirar a armadura, respirar fundo e dizer: “eu não estou bem”. E, a partir daí, entender o que te levou até esse ponto — e, principalmente, como sair dele.


5 perguntas para um check-in emocional:

  1. Você sente culpa quando tenta descansar?

  2. Tem dificuldade de lembrar da última vez em que se sentiu em paz?

  3. Já pensou que seu corpo está te sabotando, quando na verdade ele está tentando te proteger?

  4. Tem sentido que perdeu o brilho de coisas que antes te faziam feliz?

  5. Sente que vive para “dar conta” e não para viver de verdade?

Se você respondeu “sim” a duas ou mais dessas perguntas, talvez esteja na hora de dar atenção ao que sua mente e seu corpo estão tentando te mostrar.


Dicas de autocuidado que podem ajudar no início:

  • Comece dizendo “não” com mais frequência — você não precisa aceitar tudo.

  • Crie pausas reais no dia — 5 minutos para respirar já fazem diferença.

  • Desconecte-se com mais frequência — o celular também pode ser uma fonte de exaustão.

  • Alimente-se de forma gentil — evite longos períodos sem comer e observe o que seu corpo pede.

  • Valorize as pequenas vitórias — você não precisa resolver tudo hoje.


E se eu não souber por onde começar?

Tudo bem. É justamente aí que entra a terapia. O primeiro passo pode ser apenas reconhecer que algo não está bem e que você merece um cuidado diferente. Não é preciso saber exatamente o que dizer ou como começar. Basta estar disposta(o) a olhar para si.

Ao longo das sessões, vamos juntando as peças desse cansaço silencioso, compreendendo suas causas, desmontando as crenças de que você precisa aguentar tudo calada(o), e construindo juntos um novo jeito de viver — mais leve, mais justo com você mesma(o), mais saudável.


Em resumo:

Burnout não é preguiça, não é drama, não é falta de força. É um pedido de socorro do seu corpo e da sua mente. E você tem todo o direito de escutar esse pedido.

✨ Cuidar da sua saúde emocional não é sinal de fraqueza. É o começo de uma reconexão com sua própria humanidade.

Você merece mais do que só sobreviver. Merece sentir paz, clareza e presença. E isso começa quando você se permite parar e dizer: “eu preciso de ajuda, e tudo bem.”

 

Se você se identificou com o que leu, saiba que não precisa enfrentar tudo sozinha(o).
Eu sou a Carla Fantinel Kerber, Psicóloga (CRP 07/16495), e atendo online com escuta acolhedora e sem julgamentos 💬💛
Se quiser conversar ou agendar uma sessão, é só me chamar no WhatsApp: 📱 (51) 9 9284-7365
Ou, se preferir, pode agendar direto aqui pela plataforma 🗓️
Vai ser um prazer caminhar contigo nesse processo.






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