Postado por Janete de Paiva Borges em 29/03/2024 14:18
“Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve", Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll.
O trabalho é um dos pilares constitutivos da vida humana. Para muito além de um modo de garantir a própria subsistência, ele representa a realização do potencial singular do indivíduo. É por intermédio dele que participamos ativamente da construção social e não nos tornamos meros observadores da realidade que nos circunda.
Que tipo de atividade laboral desempenhar por toda uma vida é uma escolha submetida a diversas circunstâncias: econômicas, políticas, sociais, familiares, psicológicas, entre outros. Certamente é uma escolha complexa que, quando não adequadamente analisada, tende a ser feita quase que exclusivamente com base em critérios financeiros, deixando em aberto uma lacuna que cedo ou tarde, pode trazer desconfortos, angústia, insatisfação ou até mesmo adoecer o indivíduo e prejudicar a sociedade como um todo.
Uma escolha impensada ou equivocada acaba por gerar prejuízos financeiros e uma grande perda de tempo, já que em meio à indecisão ou insegurança, o indivíduo pode atrasar ou adiar indefinidamente o processo que melhor conjugue seu potencial, habilidades e desejos à atividade que exercerá ao longo da vida.
Essa é talvez a principal finalidade da orientação profissional/vocacional: ser um espaço privilegiado de reflexão sobre todos os aspectos que atravessam a escolha da carreira. Observa-se, assim, que tal decisão, na maioria das vezes, se torna difícil de ser feita ou até mesmo é levada a cabo de modo automatizado e impensado, seguindo tão somente ditames urgentes de ordem prática ou imposições sociais e familiares. E no final das contas, quem já não se deparou com profissionais insatisfeitos com o que fazem - e o fazem mal por não se identificarem com o que fazem, afetando tanto a si próprios como aos outros?
A orientação vocacional consiste em encontros (doze, em média) com a execução de diversas atividades especificamente desenvolvidas por mim, com exclusividade para cada orientando ( inventários de interesses, habilidades e aptidões, exercícios criativos, pesquisas e entrevistas, entre muitos outros), que facilitam o processo de autoconhecimento e o ajudam a evidenciar para si mesmo os motivos da dificuldade da decisão, clarificando as possibilidades que se abrem à sua frente e fortalecendo a capacidade de reconhecer-se autônomo e responsável pelas próprias escolhas. Afinal, para quem não se dispõe a pesquisar, antes de partir, sobre a melhor rota a seguir, o risco de perder-se por qualquer caminho é grande.
Dra Janete de Paiva Borges - Psicóloga CRP 04 20965
Psicoterapia e Orientação Vocacional - 31 9 98517396