Erro

Rir e seu efeito que en(vive)ce

Postado por Isabella Castro Oliveira em 04/07/2023 15:59


É difícil não estar mergulhado no universo virtual, onde a tecnologia se instala em cada canto do mundo, e o ser humano se percebe cada vez mais imerso nesse vasto oceano da informação, da disposição de conteúdo e conhecimento na palma da mão. As consequências do mau uso do smartphone podem formar uma geração doente e uma humanidade cada vez mais apática ao "ser" humano.

A experiência com o outro, a interação, o toque, o olhar para o outro ocorre de maneira mágica e forte, gerando falas, abraços, lembranças, choros, risos...o ato de rir já se mostra naturalmente benéfico para o corpo. 

Compreender a ideia de rir vai além de pensar que deixará o rosto mais flácido ou marcado, pelo contrário, o “rir”, ao invés de envelhecer, faz “(em) viver”

O movimento da boca, o som que sai ao rir, os músculos envolvidos, a respiração se exercitando a cada gargalhada se mostra mais do que uma resposta aos nervos e sinapses do cérebro; é um momento oportuno para se sentir vivo, presente, registrando na memória a experiência, a lembrança, o “estar ali” com o(s) outro(s).

Rir faz viver, se manifestado por bons motivos, é claro! Rir abre o sorriso e mostra aos dentes a graça de aparecerem, mesmo imperfeitos, faz os olhos se fechares para que seja apreciado mais por dentro do que por fora.

Na psicoterapia, o "rir" é terapêutico, presente nos tratamentos para depressão, por exemplo, indicado para acompanhar a pessoa no caminho da melhora dos seus sintomas. Enquanto há a procura em compreender a história do (a) paciente por parte do (a) terapeuta, o riso também é investigado, uma vez que se analisa seu estado: se oculto, se proibido, se tímido, se é visto como negativo, se manifestado de forma saudável ou não...

Pode parecer estranho, mas o "rir" é um elemento importante na trajetória do (a) paciente rumo ao autoconhecimento.

Em termos poéticos, o riso faz despertar no corpo e na mente a descarga de vida, de que a pessoa exista, está ali, está vivendo (recordando do filme "Patch Adams: O amor é contagioso").

Experimente rir, é bom remédio.

 

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