Erro

Quando a culpa não é sua, mas você sente mesmo assim

Postado por Kariny Dias Fernandes Netto em 04/06/2025 22:47


Por que insistimos em carregar pesos que não nos pertencem? Uma reflexão sobre culpa, empatia e limites emocionais.

Você já se sentiu culpada por algo que não fez?

Não é raro. Muitas pessoas vivem tentando consertar o que os outros quebram, como se pudessem evitar a dor do mundo com um pedido de desculpas que nunca deveriam ter feito.
Se algo desanda, a culpa se apresenta mesmo que, racionalmente, saibamos que não fomos responsáveis.

É como se houvesse uma parte da gente que aprendeu a assumir o que não é seu…
Por medo de perder, por vontade de manter o amor por perto, por reflexos de uma história antiga.

A culpa como tentativa de controle

Quando assumimos uma culpa que não nos pertence, nem sempre é por ingenuidade. Muitas vezes, é uma tentativa silenciosa de controle.

“Se eu for culpada, então talvez ainda possa consertar.”

Essa ideia é sutil, mas poderosa. Ela oferece uma falsa sensação de segurança: se o problema for meu, então eu tenho o poder de resolvê-lo.
Mas nem tudo está sob nosso controle e nem toda dor nos cabe.

A empatia que vira fardo

Empatia é ponte, mas pode virar abismo quando atravessamos demais.
Sentir com o outro é bonito. Sentir *pelo* outro, o tempo todo, pode se tornar um apagamento de si.

E, nesse processo, você vai se esquecendo.
Esquece que cuidar de si também é responsabilidade.
Esquece que colocar limites não é egoísmo é maturidade emocional.

A voz interna que acusa

Há uma voz que fala de dentro.
Ela não grita, mas pesa.

É uma voz moldada por antigas experiências, por olhares exigentes, por amores condicionais.
Essa voz diz:
“Você devia ter previsto.”
“Você devia ter sido melhor.”
“Se você tivesse feito diferente...”

Mas essa voz nem sempre é verdadeira.
Ela é herança, ruído, memória.
E aprender a questioná-la é parte do processo de se tornar inteira.

Você não precisa carregar o céu dos outros

Nem todo laço precisa ser salvo. Nem toda dor precisa ser sua.
Você pode amar sem se sacrificar. Pode se importar sem se apagar.

A culpa que você sente pode não te pertencer.
E reconhecer isso é uma forma profunda de liberdade.

Respira.
Recolhe sua energia.
Devolve os pesos que não são seus.
E lembra: amor não é carregar, é caminhar ao lado.

 

Gostou desse tema? Já sentiu algo parecido?
Me procure, pois você merece ficar bem.

Com escuta, presença e respeito,
Kariny Dias Fernandes Netto
Psicóloga – CRP 01/29183


 






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