Erro

Professores: Como começar o ano letivo bem?

Postado por Elias Borges dos Reis Filho em 01/03/2024 11:02



No início do ano todos estão mais descansados e com mais disposição, à medida que o ano letivo vai passando a sua resiliência, que é a capacidade de se recuperar do cansaço e dos estresses, vai diminuindo.
Vamos aproveitar e fazer um bom planejamento para esse bom começo. 

Vamos começar pensando um pouco sobre algumas fontes de estresse, ou pelo menos as que mais podem ocorrer no dia a dia dos professores.
Algumas delas seriam:


1)Indisciplina dos alunos;
2)Uso indevido de celular em sala de aula;
3)Muitos alunos por turma;
4)Agressões e ameaças de alunos e pais de alunos;
5)Assédio moral por parte dos superiores hierárquicos;
5)Condições inadequadas de trabalho;
6)Excesso de burocracia (Plano de aula, elaborar provas, preencher planilhas com notas de alunos, etc); 

Níveis de estresse
Agora vamos pensar um pouco sobre níveis de estresse:
 A definição de estresse é o esforço físico e emocional que uma pessoa é submetida que perturba o seu equilíbrio interno que podem conforme a intensidade ou quantidade de vezes que ocorre levar a um transtorno mental. 

A Psicologia definiu 4 níveis de estresse:

1º nível alerta:
O organismo tem uma excitação de agressão ou de fuga ao estressor, que pode ser entendida como um comportamento de adaptação. Este estágio é caracterizado por alguns sintomas como dor de cabeça, esgotamento, extremidades frias, pressão no peito, taquicardia, tensão crônica, dentre outros.

Alguma vez já sentiu esses sintomas na escola ?

2º nível resistência:
Havendo persistência da fase de alerta, o organismo altera seus parâmetros de normalidade e concentra a reação interna num determinado órgão. É o momento onde o indivíduo procura adaptar-se ao estresse, havendo  uma liberação exagerada de adrenalina. Aqui se manifestam sintomas psicossociais: alteração do apetite, ansiedade, impotência sexual, isolamento social, medo e outros.

Já sentiu algo assim antes?

3º nível Quase-exaustão;
 Um enfraquecimento da pessoa, por não estar resistindo ao agente estressor, a pessoa não consegue mais lidar todas as vezes com o fator estressante. Ainda fica oscilando entre enfrentar o problema, que provoca o estresse, e fugir dele.


4º nível exaustão:
O indivíduo é incapaz de manter o nível de resistência e o organismo encontra-se esgotado pelo excesso de atividades e pelo alto consumo de energia, podendo ocorrer enfarte, hipertensão, úlceras, transtorno de depressão, transtorno de ansiedade, síndrome de burnout, etc.

Agora vamos pensar em algumas estratégias que podem ser usadas para enfrentar Essas situações estressantes.


Você já ouviu falar de Coping?
Essa palavra significa enfrentamento, portanto:

    Estratégias de coping, ou enfrentamento são esforços cognitivos e comportamentais para lidar com situações de dano, de ameaça ou de desafio quando não está disponível  uma rotina ou uma resposta automática.
    Apenas esforços conscientes e intencionais  são considerados estratégias de coping, e o estressor deve ser percebido e analisado,  não sendo assim consideradas respostas inconscientes.
    Os estudos de coping frequentemente são feitos pela psicologia da saúde para avaliar como é a reação das pessoas e profissionais a transtornos, doenças e tratamentos.

São cinco tipos, vejamos quais são:

O Coping passivo

seria uma estratégia de desligamento mental e comportamental, tolhimento, focalização e ampliação das emoções

1º exemplo: Quando o professor não faz o plano de aula e simplesmente não se importa. Deixa para lá. Em um primeiro momento isso pode não ter grandes consequências, mas ao longo do ano o plano de aula pode te ajudar nas horas mais difíceis, como por exemplo, quando precisa faltar por problema de saúde e já tem como deixar a aula pronta para que alguém possa dar sequência ou mesmo aplicar as atividades aos alunos para você nessa falta. Isso é uma forma de desligamento intencional da situação estressante, mas que pode te prejudicar mais à frente.

2º exemplo: Outro tipo de situação semelhante, mas que pode ser convertido para uma situação positiva. Por exemplo, quando o professor não faz o plano de aula, e passa por alguima situação como a do exemplo anterior e percebe que teria sido bom ter feito. Nesse caso o desligamento mental seria o professor pensar que daquela vez passa, mas que que vai assim que for possível providenciar o seu plano de aula.

Coping moderado

É a espera de um momento apropriado como forma de contenção da impulsividade Vamos pensar em um exemplo. Você professor ou professora não fez o plano de aula e a coordenadora, ou especialista, te cobrou. Talvez em um primeiro momento a vontade é de reagir impulsivamente, mas uma técnica antiga, porém que funciona, é contar até 10 para depois responder ou pensar no que fazer. Os primeiros momentos de raiva ou estresse são como um jogar de dados, qualquer coisa pode acontecer, e em geral, a pessoa estressada faz o que não deveria fazer.
Nesse exemplo, o importante é tentar manter o controle sobre suas reações, inclusive focando no pensamento que uma boa relação pode ser abalada por ações impulsivas.

O coping focalizado na emoção


 Tem por objetivo alterar o estado emocional da pessoa na tentativa de reduzir a sensação física desagradável do estresse.
A estratégia é redimencionar o tamanho do fator estressante, uma boa estratégia é tentar encontrar o lado positivo e o lado negativo da situação.
Vamos pensar um exemplo.
 Você professor não fez o plano de aula e a especialista está te cobrando. Se você pensar na cobrança terá sentimento ruins, mas se mudar seu foco e buscar pensar que ao fazer o plano de aula quais benefícios poderá ter, seus seus sentimentos serão mais positivos e isso poderá te motivar a fazê-lo.


O coping focalizado no problema

É uma estratégia em que a pessoa utiliza para modificar a situação que originou o estresse. Nessa estratégia a palvra chave é a palavra  "como". Vamos ver um exemplo para você entender.
Ainda pensando na mesma situação sobre não ter feito o plano de aula, depois que fez as estratégias anteriores, provavelmente ainda estará sobre uma pressão psicológica, mas já se sentirá um pouco mais aliviado e isso te ajudará a encontrar uma melhor forma de fazer o que tem que ser feito, no caso o plano de aula, buscando encontrar um espaço na sua agenda, que sabemos é apertada, mas com menos sentimentos ruins fica mais fácil encontrar soluções.


O coping ativo

    Esta estratégia é um processo de elaboração de sucessivos passos com objetivo de amenizar, retirar ou melhorar os aspectos estressores. Em geral é utilizada para lidar com fatores estressantes que sempre estão
acontecendo e você ainda não conseguiu mudar essa situação. Chamamos de estresse crônico, ou seja, que acontece sempre, todos os dias.
Continuando a pensar no exemplo sobre não ter feito o plano de aula, você já conseguiu tranquilizar um pouco seguindo os passos anteriores, agora é hora de pensar em quais passos vão te levar a sair definitivamente dessa situação estressante.
1º passo: Faça uma lista, tipo um modelo, um protocolo, sobre o que precisa para fazer o plano de aula.
2º passo: Depois faça um planejamento de como vai distribuir suas tarefas ao longo da sua agenda.
3º passo: Providencie tudo que precisa para realizar cada passo a ser dado;
4º passo: Tenha em mente que ter um planejamento não é garantia de realizar tudo como foi planejado. E está tudo bem, Sabe por que? O planejamento deve ser encarado como um mapa que vai te levar a um objetivo, se caso algo não sair de acordo recorra ao planejamnto para fazer os ajustes necessário.
Isso já vai te ajudar muito!
5º passo: Se existe algo que é extremamente recompensador é saber que você conseguiu vencer uma situação estressante, que você conseguiu mudá-la para melhor ou mesmo consegguiu eliminá-la definitivamente,
portanto após conseguir esse sucesso reserve tempo na sua agenda para pensar em como você conseguiu vencer, isso além de te dar forças para vencer outras batalhas vai te ajudar a desenvolver habilidades
emocionais para enfrentar o estresse diário de cada dia.

E por fim Começamos a "por a mão na massa", propriamente dito, ou seja, começamos a agir diretamente no problema primeiro pensando em como mudá-lo e depois em como estabelecer passo a passo essa mudança.

Agora vamos analisar o seguinte: tudo isso foi para que você conseguisse lidar com fatores internos primeiro que são seus sentimentos e emoções para depois lidar com os fatores externos que são os fatores estressantes.
Dimuindo assim os níveis de estresse.

Quando passamos esse passo a passo parece fácil, mas não é!
É importatne lembrar que na hora do vamos ver você estará sobre pressão psicológica da situação, lembra da definição de estresse? Pois é, nessa hora lembrar que existem estratégias para te ajudar será como uma luz no fim do túnel que vai te dar esperança que é o que mais voê precisa nesses momentos.

Angústia é quando a pessoa sente que não tem o que fazer, que não tem saída para uma situação. Ter uma luz no fundo do túnel , como  falei, é muito importante nessas horas.

Se identificou com o que foi escrito acima e mesmo com as orientações ainda não consegue lidar com as situações de estresse no seu dia a dia na escola? Então é hora de procurar ajuda profissional. Não perca tempo e entre em contato para que eu possa te auxiliar nessa jornada de busca de uma melhor qualidade de vida na sua atuação profissional. 






X

Quer receber novidades?

Assine nossa newsletter!