Erro

Por que o medo da rejeição dói tanto?

Postado por Millena Carolina da Silva em 02/01/2024 15:06


Todo mundo, em algum momento da vida, já se sentiu rejeitado, seja na infância, quando um grupinho nos excluiu da brincadeira, ou na adolescência, por conta da primeira desilusão amorosa. A verdade é que todos já passamos pelo sentimento de rejeição e conhecemos a intensidade dessa dor.É natural se sentir magoado ao vivenciar esse sentimento, mas o que acontece quando essa sensação vai além e persiste? E quando o medo de ser rejeitado causa tanta dor que impede a construção de relacionamentos sem sofrimento?


A rejeição é vivenciada de maneira diferente por cada pessoa, sendo influenciada por vários fatores. Aqueles que enfrentaram abandono ou rejeição desde cedo tendem a ser mais sensíveis a situações que possam reavivar essas experiências.Até mesmo situações que não se caracterizam claramente como rejeição podem ser percebidas dessa forma. Por exemplo, a demora na resposta a uma mensagem pode ser interpretada como um possível abandono, ressurgindo memórias de experiências passadas e gerando sofrimento.

Quando alguém internaliza a ideia de que será constantemente rejeitado por não ser suficientemente bom, qualquer situação pode reavivar essa dor e fortalecer essa autopercepção.O eventual "não" de alguém pode ser interpretado como um golpe ao nosso ego, desencadeando a crença de que "se essa pessoa não me quer, eu não sou bom o suficiente". Por exemplo, a ideia firme de que nunca mais será amado após o término de uma relação, ou a tendência constante de se culpar. E quais podem ser as consequências dessa crença?


A rejeição é interpretada como uma falha pessoal, gerando a ideia de que "se eu me aprimorar, nunca mais enfrentarei a rejeição e não experimentarei mais a dor do abandono".A sensação de não ser bom o suficiente pode levar alguém a tentar incessantemente provar seu valor, tanto para si mesmo quanto para os outros. A pessoa pode se prender a relacionamentos com quem não demonstra real interesse, na esperança de que, ao se esforçar, a outra pessoa mude de ideia e ofereça amor e aceitação.

A verdade, por mais difícil que seja assimilar, é que nem tudo é sobre nós! Na realidade, a maioria das situações não tem a ver conosco. Essa percepção pode ser ao mesmo tempo angustiante e libertadora.O fato de alguém dizer não aos nossos esforços não necessariamente reflete algo sobre nós. Nem todos precisam nos amar, e está tudo bem. A diversidade de gostos e afinidades é natural, e nem todos precisam compartilhar os mesmos sentimentos em relação a nós.As pessoas têm o direito de fazer suas escolhas e isso não define nossa valia.

 

Se for preciso, buscar ajuda profissional é uma alternativa para identificar esses padrões e viver uma vida que não seja guiada pelo medo e por experiências passadas.

 






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