Postado por Viviane Azevedo Figueiredo em 24/10/2025 08:46
Você sente que não merece amor, sucesso ou felicidade? Entenda as causas psicológicas do sentimento de não merecimento, como ele se forma nas relações familiares e como a psicoterapia pode te ajudar a se sentir digno do que é bom.
O sentimento de não merecimento surge quando a pessoa acredita, de forma inconsciente, que precisa “provar seu valor” para ser amada, reconhecida ou feliz. Essa crença geralmente tem origem em experiências da infância e pode ser transformada através do autoconhecimento e da psicoterapia.
O que é o sentimento de não merecimento?
O sentimento de não merecimento é aquela sensação de que, por mais que você conquiste algo bom, ainda não é suficiente.
Talvez você se sinta desconfortável ao receber um elogio, tenha dificuldade em aceitar ajuda ou sinta culpa quando algo dá certo na sua vida.
Esse padrão não nasce do nada: ele é aprendido ao longo da vida, principalmente nas relações familiares e afetivas.
A origem emocional do não merecimento
Desde a infância, nossa autoestima é formada pelas mensagens que recebemos das pessoas mais próximas.
Frases como “você só me dá orgulho quando se comporta bem” ou “nada que você faz é suficiente” acabam ensinando à criança que precisa fazer por merecer o amor e o reconhecimento.
Com o tempo, esse aprendizado se transforma em culpa por receber, auto exigência exagerada e dificuldade de se sentir digno do que é bom.
Ambientes familiares críticos, frios ou emocionalmente distantes favorecem o desenvolvimento dessa crença.
O olhar técnico da psicologia sobre o merecimento
Sob o olhar sistêmico, o sentimento de não merecimento está frequentemente ligado a lealdades invisíveis dentro da família.
Em muitos casos, a pessoa carrega inconscientemente culpas, padrões e dores herdadas, sentindo que não pode ser mais feliz ou bem-sucedida do que seus pais ou avós foram.
Essa dinâmica cria um tipo de “contrato emocional silencioso” que mantém o indivíduo preso à escassez emocional e à autossabotagem.
O foco pode está também nas crenças centrais negativas, como “não sou bom o bastante” ou “não mereço amor”. Essas crenças moldam pensamentos, emoções e comportamentos fazendo com que a pessoa busque, inconscientemente, situações que confirmem sua própria limitação.
O trabalho terapêutico ajuda a identificar, desafiar e substituir essas crenças por narrativas mais saudáveis.
Aspectos neuropsicológicos
O cérebro humano tende a reforçar os padrões emocionais que já conhece, mesmo que sejam dolorosos. Por isso, quem aprendeu a se ver como “indigno” busca, sem perceber, situações que confirmem essa crença. Romper esse ciclo exige conscientização emocional, prática de autocompaixão e acompanhamento psicológico.
Como ressignificar o sentimento de não merecimento
1. Reconheça os padrões
Observe como esse sentimento se manifesta no seu dia a dia.
Você se sente desconfortável ao receber algo bom?
Diminui suas conquistas?
Sente culpa por estar bem quando outros estão mal?
2. Questione as crenças antigas
Pergunte-se:
3. Permita-se receber
Aprender a receber afeto, cuidado e elogios é um exercício diário.
Afinal essa também é uma forma de curar a criança interna que acreditou que precisava ser perfeita para ser amada.
4. Busque apoio terapêutico
A psicoterapia oferece um espaço seguro e acolhedor para revisitar a própria história com um olhar compassivo.
É um caminho de reconstrução da autoestima e reconexão com o valor de ser quem você é.
Você merece o que é bom
O merecimento não é uma recompensa.
É um direito de todos nós e começa quando você se permite receber o que a vida tem de bom, sem culpa ou medo.
Sentir-se digno é um processo que pode começar agora, com um simples gesto: escolher cuidar de si.
Agende sua sessão de psicoterapia
Se esse texto falou com você, talvez seja o momento de olhar com mais carinho para essas sensações de “não merecer”.
A psicoterapia pode te ajudar a entender suas emoções, curar histórias antigas e fortalecer sua autoconfiança.
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Atuo no acolhimento de pessoas que buscam compreender suas dores, vínculos e padrões emocionais.
Dê o primeiro passo para reconhecer o seu próprio valor.
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Viviane Figueiredo - Psicóloga
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