Postado por Rosangela Cavalcante em 17/07/2025 14:35
O cigarro eletrônico, conhecido como vape, é cada vez mais popular entre adolescentes e jovens, principalmente por parecer “moderno” e menos prejudicial que o cigarro comum. Porém, um estudo recente mostra que os vapes causam dependência e sérios danos à saúde, muitas vezes até mais intensos que o tabaco tradicional.
Embora tenha sido criado como alternativa para parar de fumar, o vape se tornou um novo problema de saúde pública. Ele contém altas doses de nicotina, além de metais pesados (chumbo, cádmio, níquel) e substâncias tóxicas como formaldeídos e acetaldeídos, com potencial cancerígeno. Os sabores artificiais mascaram o gosto e tornam o uso mais atrativo para os jovens, dificultando a percepção de risco.
Os efeitos no organismo incluem:
✅ Dependência química rápida, especialmente em adolescentes, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento.
✅ Danos ao pulmão, como inflamações, asma, bronquiolites e, em casos graves, EVALI (lesão pulmonar aguda).
✅ Problemas cardiovasculares, como aumento da pressão arterial, arritmias e risco precoce de infarto.
✅ Alterações cognitivas, prejudicando memória, atenção e controle emocional.
✅ Sintomas de abstinência intensos, como irritabilidade, insônia, ansiedade e compulsão.
Além disso, os dispositivos podem ser adaptados para outras drogas, como cannabis e metanfetaminas, aumentando o risco de dependências múltiplas.
O artigo mostra que o tratamento do vício em vapes segue estratégias semelhantes às do cigarro convencional, mas adaptadas à realidade dos adolescentes.
A primeira linha de tratamento é sempre psicológica, com:
Entrevista motivacional, para trabalhar a ambivalência e aumentar a motivação para parar.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que ensina a lidar com fissuras, controlar gatilhos emocionais e prevenir recaídas.
Psicoeducação, esclarecendo os riscos reais e desmontando a falsa ideia de que o vape é “inofensivo”.
Quando necessário, o tratamento pode ser complementado com adesivos ou gomas de nicotina para reduzir sintomas de abstinência e, em alguns casos, bupropiona, sempre com orientação médica. O apoio familiar e social também é essencial.
Novas ferramentas, como aplicativos e programas digitais de mensagens motivacionais, vêm mostrando bons resultados em adolescentes, aumentando a adesão ao tratamento.
Conclusão:
O vape não é seguro e causa dependência rapidamente, com prejuízos à saúde física e mental. A melhor forma de parar é buscar ajuda profissional, combinando terapia psicológica, apoio social e, se necessário, tratamento médico. Quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de sucesso!