Postado por Karoline Scarlet em 06/07/2023 01:13
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta a capacidade de uma pessoa em manter a atenção, controlar impulsos e regular a atividade motora. Enquanto a perspectiva da psicanalista Melanie Klein não se concentra especificamente no TDAH, seus conceitos podem oferecer insights valiosos para compreender a experiência subjetiva das pessoas que lidam com o transtorno.
Melanie Klein foi uma psicanalítica que se dedicou aos estudos das relações objetais e ao desenvolvimento da personalidade na infância. Ela enfatizou a importância dos primeiros relacionamentos e a forma como eles influenciam a formação do eu e a organização das defesas psicológicas.
A partir da perspectiva kleiniana,Certamente! O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) continua a ter um impacto significativo na vida de adolescentes e jovens adultos. Durante essa fase de transição, os desafios relacionados ao TDAH podem se manifestar de maneiras específicas, exigindo compreensão e apoio adequados.
Na adolescência e na fase jovem adulta, as demandas acadêmicas, sociais e profissionais aumentam significativamente. Para jovens com TDAH, essas demandas podem ser especialmente desafiadoras, uma vez que eles podem enfrentar dificuldades em manter a concentração, administrar o tempo e organizar tarefas.
Em termos psicanalíticos, o TDAH na adolescência e no início da vida adulta pode ser visto como uma manifestação das lutas e conflitos subjacentes. Esses conflitos podem estar relacionados a questões de identidade, autoestima e aceitação social. A pressão para se encaixar e ter um desempenho adequado pode gerar ansiedade adicional, exacerbando os sintomas do TDAH.
Melanie Klein destacou a importância das relações objetais e da resolução de conflitos emocionais na formação da personalidade. Na adolescência, a busca de identidade e autonomia pode ser afetada pelo TDAH. O indivíduo pode sentir-se frustrado, desvalorizado e desmotivado, o que pode levar a um impacto negativo na autoimagem e na autoconfiança.
Além disso, a impulsividade, a dificuldade em esperar sua vez e os problemas de autorregulação podem influenciar os relacionamentos interpessoais. Os jovens com TDAH podem experimentar dificuldades em manter amizades estáveis, apresentar comportamentos impulsivos ou ter dificuldades em ler e interpretar as emoções dos outros, o que pode afetar negativamente suas interações sociais.
A terapia psicanalítica na podemos examinar o TDAH como uma manifestação dos conflitos e das ansiedades que surgem durante o desenvolvimento inicial. Ela postulou que a relação da criança com a mãe e com o ambiente desempenha um papel crucial na formação do eu e na capacidade de lidar com emoções e impulsos.
No contexto do TDAH, a criança pode experimentar dificuldades em regular sua atenção e comportamento devido a fatores como a falta de satisfação das necessidades emocionais básicas, a presença de conflitos não resolvidos ou uma sensação de insegurança interna. Esses fatores podem impactar negativamente a capacidade da criança em se concentrar, controlar impulsos e se adaptar às demandas do ambiente.
A ansiedade também é um elemento central na perspectiva de Melanie Klein. Ela enfatizou a presença de ansiedades persecutórias na primeira infância, relacionadas a fantasias de perseguição e ataque. No contexto do TDAH, a ansiedade pode se manifestar como uma sensação constante de agitação, inquietude e desconforto interno, levando a comportamentos hiperativos e impulsivos como uma forma de aliviar essa ansiedade.
Além disso, a teoria kleiniana enfatiza a importância dos mecanismos de defesa do eu na proteção contra a ansiedade e o medo. No caso do TDAH, a criança pode desenvolver mecanismos de defesa maladaptativos, como a negação, para evitar o confronto com emoções dolorosas ou conflitos internos. Esses mecanismos de defesa podem influenciar a capacidade da criança em reconhecer e lidar com suas dificuldades, dificultando a busca de apoio e tratamento adequado.
É importante lembrar que a perspectiva de Melanie Klein é apenas uma das várias abordagens dentro da psicanálise, e que a compreensão do TDAH requer uma avaliação holística, considerando também os aspectos neurobiológicos, cognitivos e ambientais envolvido.
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