Postado por Steffani da Silva Soares de Lima em 04/11/2024 13:02
Responsabilidade afetiva ou Responsabilidade Emocional é você se responsabilizar pelo sentimento e pelas expectativas que cria nas outras pessoas, tomando cuidado para que suas ações não despertem sentimentos que possam posteriormente machucá-las. Não diz respeito à reciprocidade, mas tem haver com ter empatia pelos sentimentos do outro e respeito pelo próximo. Ela é importante para qualquer relação seja ela amorosa ou não.
Diante de um cenário de relações rápidas e superficiais, tem que se ter em vista que relações amorosas ou de amizade são vias de mão dupla, temos que ter responsabilidade pelo modo como agimos em relação ao outro, sendo cautelosos para não ferir os sentimentos do próximo. É questão de sermos honestos sobre nossos sentimentos e intenções e comunicá-los a quem está no relacionamento. Quando essa comunicação não é feita, geralmente uma das partes fica com a sensação de que fez o papel de “trouxa”, se sentido enganada, iludida ou até mesmo culpada.
Quando gostamos de alguém, queremos muito a sua companhia, nos apegamos, vivenciamos muitas emoções no relacionamento, por isso, precisamos compreender que o que falamos e fazemos tem um impacto no outro. Não alimente o sentimento de uma pessoa se sua intenção não for o de permanecer na vida dela. Cada vez se torna mais comum a seguinte cena: duas pessoas começam a se envolver, depois que uma conquista a outra, o sujeito que cativa some, bloqueia ou ignora. Isso é cruel, infantil e egocêntrico.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, essa frase da raposa no livro “O Pequeno Príncipe” parece até estranha e exagerada, mas o que ela quer dizer é que somos responsáveis pelos laços que criamos do início até o fim de uma relação. A amizade entre o pequeno príncipe e a raposa ilustra um exemplo de responsabilidade afetiva já que ambos deixam bem claros um para o outro os seus sentimentos e intenções.
A responsabilidade afetiva é, portanto, um compromisso com a clareza emocional e com o respeito mútuo. Ela implica em não apenas considerar o que importa, mas em assumir uma postura que prioriza a integridade emocional do outro, evitando o que comumente chamamos de “ghosting” – um comportamento que consiste em desaparecer sem dar explicação. Esse tipo de atitude é extremamente prejudicial, pois deixa a outra pessoa sem respostas e sem oportunidade de encerrar a relação de forma saudável. Praticar a responsabilidade afetiva significa também evitar jogos de poder e manipulação, entendendo que um vínculo, para ser autêntico, exige honestidade e reciprocidade na forma como se estabelece e se desenvolve.
Por fim, não devemos expor o outro a um sofrimento desnecessário, não dê a outra pessoa o que você não quer para si.