Postado por Ana Carina Landi em 05/05/2021 12:20
Os sentimentos são essenciais à Vida humana e são eles que permitem haver as interligações com as pessoas, obter vínculo, criar laços sociais e conectar-se com a sociedade em que se vive. Os seres humanos necessitam dessa troca de sentimentos para sua constituição psíquica: comunicar-se e ser entendido.
Mas quando toda essa interação está em desequilíbrio, como hoje em tempos de pandemia, o que a Psicologia pode fazer frente a isso?
Pode-se considerar que o momento é de muitas incertezas e excessos. Não se sabe até quando as restrições de convívio serão impostas; quais são os efeitos do isolamento no futuro; ao mesmo tempo, há excessos de informações circulando que geram ainda mais incertezas!
Neste contexto, o papel do Psicólogo é investigar como cada paciente tem enfrentado esta nova realidade. A que seus sentimentos negativos estão associados, a qual a cadeia de ideias, crenças e valores eles estão acoplados.
As possibilidades de conexão entre o sofrimento e vida psíquica podem ser desde conflitos mal resolvidos como sexualidade, identidade pessoal, pressão social, como também pode estar servindo como um aliado, isto é, o sofrimento ajudando a enfrentar a vida e permitindo repensar sobre outros valores.
Por isso, o trabalho do Psicólogo não pode ser um ato simples de corrigir a trama do sentimento com o psiquismo, como se fosse possível encaixar as peças, ensinar algumas regras ou o passo-a-passo da felicidade.
Através do ato de falar, o paciente consegue sinalizar o que causa esse entrave por meio das escolhas de cada palavra, na construção das frases, na exposição dos medos e no posicionamento de seus princípios. O Psicólogo é aquele que cria um ambiente propício para que isso aconteça, mas não para dar uma solução ou resposta mágica.
O Psicólogo deve andar junto com o paciente por entre o emaranhado de sentimentos, mantendo a singularidade do paciente e, em paralelo, promovendo a conscientização de seus atos: quais são os ganhos de se manter aquele sentimento, quais motivos impedem promover a mudança, o que se perde ao fazer diferente... e nesse processo, o paciente torna-se responsável e pode escolher seus próprios caminhos!.
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