Postado por Mariane Aparecida Pereira em 03/02/2025 10:18
Se locomover, ir ao banheiro, fazer uma refeição, ouvir músicas, podcasts, notícias, se ver, se arrumar, pedir uma comida, acessar uma rede, abrir um e-mail, gerenciar sua conta no banco, ficar imerso... são tantas aproximações e afastamentos que o uso da tecnologia, especialmente o celular, podem te proporcionar.
Pensando de uma forma um pouco mais profunda, a tecnologia serve para a independência do mundo, mas nos faz ficar tão dependente a ela, que acaba limitando e estreitando as relações.
É o encontro de amigos que precisa ser postado e comentado em tempo real com outras pessoas que não estejam ali, mas o que não se nota é que, o calor humano, o contato físico, está cada vez mais longe e superficial, está se tornando cada vez mais distante o olhar, a troca e o afeto.
A inteligência artificial que acaba pensando tudo pela gente, não se tem mais o trabalho de imaginar, criar e praticar.
O que nos levou a sermos escravos dessa tecnologia? É o áudio/vídeo acelerado, são as pessoas que terminam relacionamentos por celular, é o meme que tira a atenção, o foco das atividades e lá se vão horas perdidas...
O que nos faz querer essa fuga para o mundo virtual, será que é uma forma de escape? Olhar para o mundo idealizado das redes sociais e não se ver? Quando demandamos muita energia para o outro, acaba não sobrando para a gente, o que deixa de ser um investimento em si mesmo e passa a ser uma corrida a uma linha de chegada que talvez nem exista. Então, surgem as comparações, as exibições, a baixa autoestima, o sentimento de não pertencimento, a angústia, a tristeza, etc.
Diante disso, talvez caiba a autoanálise do seu uso pessoal da era digital, qual a sua condição enquanto pessoa que utiliza a tecnologia? Seria de libertação ou prisão? É uma rede que te abre possibilidades ou te limita?
É importante lembrar sempre que, a grama do vizinho é sempre mais verde e o que as pessoas postam, é um pequeno recorte daquilo que é viver. No entanto, a vida real acontece offline e além de bonita, é tantas outras coisas que nem cabem aqui.