Erro

Homem- Construção da individualidade e busca por pertencimento.

Postado por Verônica Aragão em 10/05/2024 15:51


Como seres sociais, os seres humanos buscam apoio, reconhecimento e proteção em grupos, pois a convivência social faz parte de nossa natureza. No entanto, quando suprimimos nossas individualidades para nos encaixarmos nas expectativas dos outros, corremos o risco de nos afastar da nossa verdadeira essência. Muitas vezes, essa busca por aceitação pode nos levar a adotar comportamentos que vão contra nossos valores, recorrendo a mecanismos compensatórios como violência e opressão, muitas vezes respaldados por um acordo tácito dentro do grupo. Este é um comportamento bastante compartilhado na socialização de homens, pricipalmente no período da adolescência como forma de demonstrar virilidade, força e domínio.Estimuliado tanto pela cultura de homens para outros homens, quanto em meios de intreterimento como filmes e jogos. 

A necessidade de diminuir o outro para se sobressair é uma dinâmica que provoca insegurança nas relações, já que ela cria um ambiente competitivo e hierárquico. Ver o outro como rival ou inferior pode ser uma maneira de algumas pessoas manterem seu status ou posição de poder. Aqueles que se recusam a seguir essas normas sociais muitas vezes enfrentam retaliação por parte dos membros que desejam manter sua autoridade, resultando em exclusão e coerção para que sigam as regras tácitas do grupo. Dessa forma aquele que é ameaçado de exclusão do grupo, se sente compelido a fazer e ser conveniente com o que é feito para não ser excluído e ter a ilusória nossão de pertencimento. 

Ao transferir nossa busca por afeto e segurança para fontes externas, sem primeiro cultivar essas qualidades internamente, tornamo-nos dependentes daqueles que parecem ser os provedores dessas necessidades. Para obter a aprovação do grupo, podemos acabar nos adaptando a comportamentos, crenças e normas que não refletem nosso verdadeiro eu. Muitas vezes ficamos tão imersos a essas normas que não sabemos o que realmente compõe nossa essencia, do que realmente gostamos ou não. Essa dependência do externo nos leva a seguir padrões aceitos, mesmo que eles não nos façam bem, e pode nos afastar das experiências genuinamente enriquecedoras e significativas. A angustia é um bom sinal de que algo não está de acordo, de que mesmo pertencendo a determinado grupo, ele não supre mais algo que é maior e mais profundo no seu íntimo.

O problema é que esse ciclo de conformidade pode ser infinito. Quanto mais nos afastamos de nossa autenticidade para agradar aos outros, mais nos distanciamos de uma vida plena e autêntica. Acabamos por nos sentir perdidos, sem um sentido verdadeiro, ao nos afastarmos das experiências que realmente nutrem nosso espírito e nos conectam com quem realmente somos. Portanto, é crucial encontrar um equilíbrio entre pertencer a um grupo e manter nossa individualidade, evitando sacrificar nossa essência por aceitação externa.






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