Erro

Entendendo mais um pouco sobre Ansiedade

Postado por Roseli Vieira em 17/09/2019 19:27


Todas as pessoas sentem ansiedade, algumas num grau menor, outras num grau maior.

A ansiedade faz parte do dia a dia da sociedade atual e do estresse diário em ter que estudar, trabalhar, cuidar da casa, dos filhos, ter dinheiro para comprar determinado carro, fazer aquela viagem dos sonhos, ter sua casa própria naquele bairro sonhado e assim por diante.

A ansiedade é normal quando ela te alerta para se preparar para situações como uma entrevista de emprego, uma prova, uma viagem, a demissão de um  emprego, o nascimento de um filho. Toda situação nova, gera ansiedade que te prepara para enfrentar esse desafio ou se adaptar a essa nova situação. Quando você se adapta e busca uma forma de superar as dificuldades trazidas por esse evento inesperado ou não planejado, a ansiedade te estimula a buscar uma forma de resolver  a situação ou de se adaptar a essa nova realidade.

Vamos entender a ansiedade ao longo do processo evolutivo, ela surgiu com o objetivo de preservar a integridade física dos seres humanos, preparando-os para enfrentar os perigos da melhor forma possível. 

No inicio dos tempos, os nossos antepassados viviam expostos a grandes predadores e catástrofes naturais, portanto, para sobreviver a essas ameaças eles precisavam estar preparados para serem ágeis na opção de fugir ou de lutar.

A ansiedade estimula o corpo para a reação de luta e fuga. Só que hoje os perigos são outros, há muitos perigos ou ameaças relacionados à vida em sociedade, como fazer uma prova difícil ou discutir com alguém, essas ameaças não vem como uma ameaça física, mas sim como uma ameaça ao seu bem estar, às suas habilidades sociais e ao seu raciocínio que podem ser inibidos pela ansiedade. Ela trás consigo a dúvida, a expectativa, o medo, a apreensão característica de uma situação ameaçadora, e a sensação de luta ou fuga trás o desejo de se livrar, de fugir daquela situação ameaçadora o mais rápido possível.

Segundo o DSM V (Manual de classificação de doenças mentais) a ansiedade ou preocupação excessiva em diversas situações ou atividades, pode prejudicar a capacidade do individuo de fazer as coisas de forma rápida e eficiente, seja em casa, no trabalho, na escola ou em outras áreas da vida do individuo e que perdura por seis meses no mínimo e que vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: irritabilidade, inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, cansaço, dificuldade de concentrar-se ou sensações de “branco” na mente, tensão muscular, dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto.

Além desses, outros sintomas podem estar associados à ansiedade generalizada como: palpitações, falta de ar, taquicardia, respiração rápida, aumento de pressão arterial, suor excessivo, calafrios, dor de cabeça, tonturas, problemas estomacais, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, tremores, rigidez muscular, boca seca, dores musculares.

Sintomas cognitivos: medo de perder o controle, medo de se machucar ou morrer, medo de enlouquecer, da avaliação negativa dos outros, de pensamentos, imagens ou memórias ameaçadoras, percepção de irrealidade ou desconexão, concentração pobre, confusão mental, hipervigilância do perigo, memória fraca, dificuldade de raciocinar, perda de objetividade.

Sintomas comportamentais: Evitação de possíveis ameaças ou situações, fugas, busca de segurança, reasseguramento, agitação, hiperventilação, congelamento, dificuldade de falar.

Sintomas emocionais: nervosismo, tensão, amedrontado, impaciência, frustração.

Não existe um limite muito claro entre o normal e o anormal, pode-se dizer que quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos, causa muito sofrimento, é irrealista, intenso, persistente e interfere no bem estar do individuo, na sua qualidade de vida, na sua vida social, no seu desempenho familiar, profissional e se interfere na sua rotina, é importante procurar ajuda.

O ansioso na maioria das vezes, sabe que seus pensamentos são catastróficos, negativos e exagerados, mas não consegue controlá-los por mais que tente.

Tomar consciência dos seus pensamentos e entender que você se sente e se comporta de acordo com o que pensa. Nossos pensamentos nos levam a nossas crenças e ao medo que causa a ansiedade. O medo nos faz evitar aquela situação que gera ansiedade, porque evitar trás a recompensa do alivio emocional. Porém, quanto mais se evita, mais se reforça os sintomas confirmando cada vez mais seus pensamentos ansiosos.

Os exercícios de respiração e relaxamento são fundamentais para iniciar o controle da ansiedade, entender suas crenças e trabalhar para mudar os pensamentos que não são verdadeiros. Focalizar aspectos do problema que é responsabilidade dele e aspectos que ele quer controlar, mas não são responsabilidade dele entre outras coisas.

 

Por exemplo: “tenho medo de voar”, então tento controlar tudo que acontece no avião, fico atento aos barulhos do avião, a qualquer mudança no barulho do motor, na movimentação dos passageiros para ver se estão tranquilos, e principalmente na comunicação do piloto e do pessoal de bordo, pois eles são os primeiros ao dar o sinal de alerta.

“O avião lá no alto, não tenho para onde fugir”.

O que ele pode controlar?  

Sua ansiedade relativiza a seu medo de voar.






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