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Câncer de Mama e Homossexualidade Feminina: Um Olhar Necessário sobre a Saúde de Mulheres Lésbicas

Postado por Carolina de Souza em 27/10/2025 14:08


Em meu artigo "Câncer de mama e homossexualidade feminina: uma revisão integrativa da literatura", publicado na revista Psico (2021, v. 52, n. 2), em coautoria com Manoel Antônio dos Santos, abordo um tema de extrema relevância e, infelizmente, pouco explorado na área da saúde: a intersecção entre o câncer de mama e a saúde de mulheres lésbicas. Realizei uma revisão integrativa da literatura, analisando 20 artigos publicados entre 2007 e 2017, buscando entender como a orientação sexual pode influenciar a experiência da doença.

Com o aumento da sobrevida das pacientes com câncer de mama, o foco do cuidado se expandiu para além do tratamento físico, abrangendo as complexas dimensões psicossociais da doença. No entanto, é sabido que diferenças de gênero e orientação sexual frequentemente resultam em desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços de saúde. Meu estudo se propôs a lançar luz sobre como o câncer de mama impacta de forma particular a qualidade de vida das mulheres lésbicas, um segmento que historicamente enfrenta barreiras e invisibilidade no sistema de saúde.

A análise dos artigos revelou que o câncer de mama e seu tratamento impõem desafios significativos a todas as mulheres, como alterações na aparência física, sintomas depressivos e ansiosos, e diminuição do desejo sexual. Para as mulheres lésbicas, contudo, esses desafios são potencializados por fatores específicos. A literatura aponta para a necessidade de um olhar atento sobre as repercussões físicas e psicológicas do tratamento, as estratégias de enfrentamento utilizadas, os riscos de morbidade e mortalidade (que podem ser diferentes devido a fatores como acesso à prevenção e estilo de vida), a qualidade de vida e as questões relacionadas à menopausa induzida pelo tratamento.

Um dos pontos cruciais que ressalto é a invisibilidade. Muitas vezes, a orientação sexual dessas mulheres não é considerada pelos profissionais de saúde, o que pode levar a um cuidado inadequado e insensível. A falta de acolhimento e a necessidade de "sair do armário" em um ambiente de vulnerabilidade podem gerar um estresse adicional, impactando negativamente a adesão ao tratamento e o bem-estar emocional. O conhecimento gerado por esta revisão é fundamental para que os programas de saúde e as intervenções psicológicas possam oferecer um cuidado sensível e culturalmente competente às necessidades específicas dessa população.

Quer entender como a orientação sexual se cruza com a experiência do câncer de mama e o que a ciência diz sobre o cuidado integral a mulheres lésbicas?

Convido você a ler o artigo completo! Ele está disponível na íntegra no site da revista Psico. Clique no link abaixo para acessar a análise completa e os resultados desta revisão integrativa que busca promover a equidade no cuidado em saúde.

Leia o artigo na íntegra: http://dx.doi.org/10.15448/1980-8623.2021.2.36109






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