Postado por Gabrielle Cruz em 04/09/2025 10:02
O Burnout não se trata somente de “estar cansado”. Vai muito além do cansaço e se manifesta em três dimensões principais:
Exaustão emocional: é uma sensação de estar sendo drenado, como se a energia tivesse acabando. O corpo e a mente não respondem mais como antes. Não se trata de “cansaço normal”, mas de um esgotamento que persiste mesmo após o descanso, afetando o raciocínio, a memória e o humor.
Despersonalização: a pessoa passa a se afastar emocionalmente do trabalho e das pessoas. Pode surgir frieza, irritabilidade ou até cinismo em relação à colegas e demandas diárias. É como se a conexão afetiva com o que se faz fosse desligada, funcionando no “modo automático”.
Baixa realização pessoal: nesse estágio, a sensação é de inutilidade ou fracasso constante. Mesmo realizando tarefas importantes, a pessoa sente que não é suficiente, que perdeu o propósito ou que não tem competência. Essa percepção distorcida mina a autoestima e aumenta o risco de ansiedade e depressão.
Diferente do estresse pontual, o Burnout é persistente e pode levar a sérios prejuízos na saúde física e mental, como ansiedade, depressão e até sintomas somáticos. Segundo pesquisas, o Burnout não aparece de uma hora para outra. Ele é o resultado de uma exposição contínua ao estresse ocupacional, combinado a fatores individuais como perfeccionismo, dificuldade em estabelecer limites e ambientes de trabalho pouco acolhedores.
Segundo a revista Você, de 3 de setembro de 2025, os afastamentos do trabalho por transtornos mentais mais que dobraram na década, chegando a 440 mil casos em 2024, um crescimento de 67% em relação ao ano anterior. E muitos desses afastamentos estão diretamente relacionados ao Burnout. Esse dado alarmante evidencia que o esgotamento emocional não é só uma experiência isolada, mas parte de uma crise de saúde mental que exige atenção e ação coletiva.
Esteja alerta se notares sinais como estes:
A Psicoterapia é a linha de tratamento mais aceita e com maiores comprovações de sucesso a longo prazo.Ela ajuda a: Identificar e desafiar padrões de pensamento que aumentam a pressão interna; reestruturar crenças rígidas sobre perfeição e produtividade; construir hábitos de autocuidado e limites entre trabalho e vida pessoal; desenvolver formas saudáveis de enfrentar o estresse e preservar a saúde emocional.
A psicoterapia não elimina a pressão externa, mas ajuda a fortalecer sua capacidade de lidar com ela de forma mais equilibrada.
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Psicóloga Gabrielle Cruz
CRP: 05/74074
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