Postado por Rosangela Cavalcante em 26/09/2025 16:08
A escola deveria ser um lugar seguro, de amizade e aprendizado. Mas para muitos adolescentes, ela acaba se tornando um espaço de dor por causa do bullying.
O bullying acontece quando alguém é alvo de piadas, exclusão, humilhação ou agressão repetidamente.
Não é “brincadeira de adolescente”, porque brincadeira só existe quando todo mundo se diverte.
Se machuca, se deixa alguém mal, se humilha — já não é brincadeira.
Verbal: apelidos ofensivos, xingamentos, piadas sobre aparência, gênero, sexualidade ou jeito de ser.
Físico: empurrões, tapas, esconder ou estragar coisas.
Psicológico: excluir alguém do grupo, espalhar boatos, manipular amizades.
Virtual (cyberbullying): postar ou compartilhar ofensas, criar memes maldosos, espalhar prints ou fotos sem consentimento.
Muita gente acha que “é só zoeira” e que “passa rápido”, mas não é verdade. O bullying deixa marcas profundas:
Tristeza, ansiedade e queda na autoestima.
Isolamento, medo de ir à escola.
Dificuldade para se concentrar e estudar.
Automutilação e pensamentos suicidas, em casos graves.
E não é só a vítima que sofre. Quem assiste e não faz nada também se sente mal e inseguro.
Como saber se é bullying ou não?
Pergunte a si mesmo:
A outra pessoa está rindo ou ficou triste?
Você gostaria que fizessem isso com você?
Isso acontece muitas vezes ou já virou rotina?
Se a resposta for sim, provavelmente é bullying.
Não rir, não compartilhar, não incentivar.
Apoiar quem sofre — às vezes, um simples “tô com você” já faz diferença.
Chamar ajuda: falar com um professor, coordenador, psicólogo da escola ou com alguém de confiança.
Refletir sobre suas atitudes: se você já zoou alguém e percebeu que a pessoa ficou mal, reconheça e mude.
Cada pessoa tem sua história, seu jeito, seus gostos e sonhos. O que hoje é motivo de “zoeira”, amanhã pode ser aquilo que vai te destacar no mundo.
Respeitar as diferenças é o que faz da escola — e da vida — um lugar mais justo e humano.
Para pensar:
Você é quem sofre? Saiba que não está sozinho(a). Procure apoio, fale com alguém de confiança.
Você já praticou bullying? Sempre é tempo de mudar e pedir desculpas.
Você testemunha? Sua atitude pode salvar alguém.
Bullying não é zoeira. É violência. E juntos, podemos parar.