Postado por Aline Aparecida da Silva Aguiar em 15/08/2025 18:21
A ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo diante de situações que percebemos como ameaçadoras ou desafiadoras. Em doses equilibradas, ela nos ajuda a estar atentos, preparados e motivados. No entanto, quando se torna intensa, frequente e desproporcional aos acontecimentos, pode interferir diretamente na qualidade de vida.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
Físicos: aceleração dos batimentos cardíacos, falta de ar, tensão muscular, sudorese, tremores, náuseas, sensação de aperto no peito, fadiga constante e alterações no sono.
Cognitivos: preocupação excessiva, dificuldade de concentração, pensamentos catastróficos (“e se algo ruim acontecer?”), sensação de que algo ruim está prestes a ocorrer.
Comportamentais e emocionais: irritabilidade, inquietação, dificuldade em relaxar, evitar lugares ou situações por medo, crises de choro, sensação de perda de controle.
Esses sinais não aparecem de forma igual em todas as pessoas. Para alguns, a ansiedade é mais física; para outros, mais mental. Mas, de qualquer forma, o impacto no dia a dia é significativo afetando trabalho, relacionamentos e até a saúde física.
Sinais de que é hora de buscar ajuda profissional:
Os sintomas são frequentes e persistem por semanas ou meses;
O sofrimento emocional está interferindo no trabalho, estudos ou relacionamentos;
A pessoa começa a evitar situações que antes eram comuns;
Há sensação constante de estar “no limite”;
Os sintomas físicos não têm explicação médica, mas se repetem diante de preocupações.
Como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar
A TCC é uma abordagem da psicoterapia com eficácia comprovada para o tratamento da ansiedade. Ela parte do princípio de que pensamentos, emoções e comportamentos estão interligados, e que mudar a forma como pensamos pode transformar a forma como sentimos e agimos.A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem psicológica baseada em evidências científicas, considerada uma das mais eficazes para o tratamento da ansiedade.Ela parte do princípio de que nossos pensamentos influenciam diretamente nossas emoções e comportamentos. Assim, quando pensamos de forma distorcida ou negativa, aumentamos o nível de ansiedade e reagimos de modo que reforça o ciclo do medo.
Durante o processo, o paciente aprende a:
Identificar pensamentos automáticos negativos que alimentam a ansiedade.
Questionar e reestruturar crenças distorcidas, substituindo-as por interpretações mais realistas e funcionais.
Desenvolver habilidades de enfrentamento, para lidar melhor com situações que antes eram evitadas ou causavam grande desconforto.
Praticar técnicas de respiração e relaxamento para controlar as respostas físicas da ansiedade.
Expor-se gradualmente a situações temidas (de forma segura e planejada), reduzindo o medo e recuperando a autonomia.
Com o acompanhamento psicológico adequado, a pessoa passa a compreender melhor seu funcionamento interno, aprende a reconhecer os sinais precoces da ansiedade e desenvolve recursos para manter uma vida mais equilibrada e saudável.
Ansiedade não é frescura, exagero ou falta de força de vontade. É um estado que pode e deve ser tratado. Procurar ajuda é um passo essencial para retomar o controle e reconquistar a tranquilidade.