Erro

A palavra é a ponte que atravessa o vazio.

Postado por Kesley Morais Correa em 03/12/2025 16:09


Dentro da análise (terapia), a palavra se traz como o único remédio para atravessar o nada. 

Na terapia a fala não é apenas um desabafo, mas sim um poderoso e gigante instrumento de transformação. Na terapia temos a oportunidade de nos escutar as vezes em silêncio, sem que a opinião alheia de outras pessoas nos interrompa com conselhos levianos próprios que muitas vezes ou quase sempre carregam experiências e vivencias particulares que não são nossas.

Quando expressamos o que sentimos, sem medos, sem amarras, damos forma ao que antes era confuso, doloroso ou até sem nome. E isso consequentemente faz com que uma grande mudança aconteça.

Aquilo que estava preso dentro de nós começa a ganhar sentido. E que muitas vezes nós nem sabíamos o motivo. Se escutar na terapia é de certa forma se permitir seguir por outros caminhos com ética e consciência.

Em momentos de desespero ou vazio, o silêncio interno pode se tornar muito sufocante. É nesse ponto que a escuta de um psicólogo oferece um espaço protegido, onde não há julgamentos e opiniões, apenas a possibilidade de ser ouvido e compreendido dentro das suas verdades.

Falar permite que conteúdos inconscientes venham à tona, que emoções sejam reconhecidas e que novas perspectivas surjam. Falar as vezes machuca, as vezes dói, mais é nesse incomodo, nesse desconforto, que a mudança começa a surgir. É um passo para atravessar a sensação de "nada" e reencontrar um ponto de apoio.

No começo, é comum precisar muito do apoio do psicólogo para entender sentimentos, organizar pensamentos e encontrar saídas. Com o tempo, porém, o paciente aprende a reconhecer padrões, compreender suas emoções e tomar decisões com mais autonomia.

O “bom psicólogo" sabe que seu papel é ajudar a pessoa a andar com as próprias pernas, até que ela perceba que pode continuar o caminho sozinha, levando consigo as ferramentas que construiu durante a terapia.

No processo de terapia, a palavra não é só som, é uma ponte entre o sofrimento e a possibilidade de seguir de forma mais humana, saudável e funcional. A terapia não é para prender, é para libertar. Quando entendemos a necessidade de falar sobre nós e o que nos incomoda, nos damos a oportunidade de crescer sem amarras ou visões erradas das melhores versões que nós podemos ser.






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