Erro

A Livre Arte de Amar

Postado por Angela Aparecida Cassemiro Del Rey em 13/06/2020 12:22


O amor visa o bem e a liberdade do outro. Quando se olha para o ser amado e recebe o seu olhar, isso precisa ser genuíno. Ao buscar mudanças com o intuito de seduzir, se veste máscaras e artifícios para manipular e controlar o querer do outro. Neste momento, se invade a liberdade do amado para estabelecer a necessidade de segurança. Neste caso, o amor está ligado a mentira e não ao livre querer.

A liberdade não faz parte de uma teia que precisa ser armada para que a sedução aconteça e se consiga ter o que quer através de uma estratégia. O amor precisa ser o que é, amar pelo que é, acolher o que é. O amor precisa se movimentar, precisa levar um ao encontro do outro permitindo, assim, o desenvolvimento pessoal de cada um sem condicionamentos e artimanhas

São duas propostas de vida se relacionando em prol de um projeto comum. Não é uma questão de se anular, mas de potencializar as possibilidades de cada um em prol de escolhas que podem ser feitas. O amor precisa ter maturidade, comprometimento, responsabilidade e respeito.

Sem ser livre, o amor inexiste, a manipulação não sustenta o querer estar do outro. É preciso escolher ficar todos os dias. É preciso que os dois integralmente estejam disponíveis um para o outro.

Para amar é importante se conhecer, ter consciência do que pode oferecer para o outro. É preciso disposição para lidar com conflitos que se fazem presentes nas relações e também uma comunicação eficaz.

No amor não cabe uma guerra entre duas pessoas, mas envolvimento, o buscar e o doar sem condicionar o outro a sua vontade. SER no relacionamento e não TER o controle do relacionamento.

No amor não cabe o egoísmo, muito menos impedir que o outro possa se desenvolver. Cada um deve ter a capacidade de crescer de acordo com suas escolhas e potencialidades. Faz-se necessário viver a liberdade de se aceitar e dar ao outro a mesma oportunidade. Assim, proporciona aos dois o crescimento e o conhecimento da subjetividade de cada um. Caminhar de mãos dadas, não porque se está preso, mas escolhendo o caminho.

 

Angela Del Rey

Psicóloga

CRP 06-143554

12/06/2020






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