Erro

A dor da traição e o poder de recomeçar

Postado por Viviane Azevedo Figueiredo em 01/11/2025 16:05


A traição amorosa é uma das experiências emocionais mais difíceis de elaborar. Ela rompe não apenas a confiança no outro, mas também a segurança interna que sustentava a relação. É comum sentir dor, raiva, confusão e até duvidar do próprio valor.

Cada emoção tem um sentido, e compreendê-las faz parte do processo de cura. A traição é uma forma de rompimento de vínculo, e como tal também traz sintomas referente ao luto, em que se pode sentir:

  • Uma dor intensa e a sensação de abandono.
  • Raiva, mágoa, vontade de revanche.
  • Dúvidas sobre o que era verdadeiro na relação.
  • Culpa e a sensação de não ser bom o bastante.

Esses sentimentos são naturais e fazem parte do processo de elaboração da perda do relacionamento que você acreditava ser seguro.

Permita-se sentir.

Não apresse o processo, nem se cobre para “superar rápido”.

O teórico John Bowlby, que estudou profundamente o apego humano, explica que a traição pode ser vivida como uma ruptura brusca no vínculo afetivo, algo que desperta medo, insegurança e abala nossa confiança em nós e nos outros. Reconstruir essa segurança emocional exige tempo, acolhimento e cuidado.

COMO LIDAR COM A DOR E CUIDAR DE SI

Você não precisa enfrentar tudo isso só.

  • Busque apoio emocional. Fale com alguém de confiança, um amigo, familiar ou terapeuta. Ser ouvido ajuda a colocar os sentimentos em ordem.
  • Evite decisões no auge da dor. A impulsividade pode trazer arrependimentos. Dê um tempo para respirar antes de decidir qualquer passo.
  • Cuide da sua saúde mental. Atividades simples como caminhar, ler, escrever ou praticar algo que te conecte com você ajudam na autorregulação emocional.
  • Estabeleça limites. Se precisar de espaço, comunique isso com clareza, o seu tempo de cura precisa ser respeitado.

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, conhecida por seu modelo das fases do luto, lembra que após uma perda significativa, passamos por momentos de negação, raiva, negociação, tristeza e aceitação. Compreender que essas fases fazem parte do processo é o primeiro passo para acolher as próprias emoções com mais gentileza.

E DEPOIS? COMO DECIDIR O QUE FAZER

Quando o choque passa, vem a dúvida: seguir ou encerrar a relação?
Essa é uma escolha muito pessoal, e deve ser feita com base no seu bem-estar emocional, não em pressões externas.

Algumas perguntas podem te ajudar nessa reflexão:

  • O parceiro se mostra realmente arrependido e disposto a reconstruir a confiança?
  • Você sente que consegue perdoar, ou ainda está presa à dor?
  • Há abertura para mudanças reais dos dois lados?

Se houver desejo de reconstruir o vínculo, a terapia de casal pode ser um caminho importante para restabelecer o diálogo e compreender o que precisa ser curado.
Mas, se decidir seguir sozinha, saiba que o fim também pode ser um recomeço um convite para se redescobrir e fortalecer sua autoestima.

A traição fere, mas também pode abrir espaço para uma nova versão de você mais consciente, mais forte e mais conectada com o que realmente merece.

Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, é um ato de amor-próprio.

Se você está vivendo esse momento, saiba que existe acolhimento e um caminho possível de reconstrução.

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Atuo no acolhimento de pessoas que buscam compreender suas dores, vínculos e padrões emocionais.
Dê o primeiro passo para reconhecer o seu próprio valor.

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Estarei aqui para caminhar ao seu lado.

Viviane Figueiredo - Psicóloga

CRP: 04/77523

(38) 9 9973-7352

 






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