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Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional: quando o trabalho adoece

Postado por Francisca Tayhana de Queiroz Oliveira em 28/05/2024 04:03


Sou Tayhana Queiroz, psicóloga clínica e hoje eu venho falar um pouco sobre alguns sintomas do Brunout, para você ficar atento. Caso você se identifique com esses sintomas busque ajuda, você não precisa passar por isso sozinho. A saúde do trabalhador IMPORTA! Vem comigo?

 

Burnout é um termo que se tornou cada vez mais comum nos últimos anos, especialmente em relação ao ambiente de trabalho. É uma condição que ocorre quando alguém se sente exausto, desmotivado e incapaz de realizar tarefas ou tomar decisões, mesmo em situações em que normalmente seria capaz de fazê-lo.

Um estudo do International Stress Management Association (ISMA-BR) , realizado em 2019, apontou que cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem do transtorno, sendo que os setores mais afetados são saúde, educação e serviços públicos. Além disso, mais da metade dos trabalhadores entrevistados (55%) relataram sentir-se esgotados e sem energia no trabalho. Outro estudo mais recente realizado pela International Stress Management Association (Isma), revelou que, atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar em número de casos diagnosticados de Burnout, doença ocupacional reconhecida e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022. O País está atrás apenas do Japão, onde 70% da população é afetada pela doença.
 

O que é Burnout?

A psicóloga explica que Burnout é o estresse elevado devido a questões relativas ao ambiente de trabalho.

O Ministério do Trabalho afirma que a a “Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.

É mais comum em profissões de alta pressão, porém, qualquer pessoa em qualquer trabalho pode ser afetada pela síndrome.

Ele pode se desenvolver gradualmente ao longo do tempo ou pode ocorrer de repente, em resposta a um evento estressante.

Principais causas da Síndrome de Burnout

A psicóloga explica que a causa principal é a percepção de grande volume de trabalho, o excesso de atividades que o impede de executar com assertividade as tarefas diárias.

Mas outras causas são comuns também:

  • Ambiente organizacionais competitivos
  • Alto nível de pressão para entrega de resultados
  • Em algumas situações a falta de planejamento e pausas
  • Execução de atividades fora do horário.
  • Dificuldades em delegar ou dizer não podem levar ao acúmulo de responsabilidades ao longo do tempo no ambiente de trabalho.

Vale ressaltar que a  Síndrome de Burnout difere do cansaço, pois possui diversos sintomas por um período e não é esporádico. Para saber o diagnóstico correto, o ideal é realizar consultas com médicos e psicólogos que realizarão avaliações , levando em conta o início e o  nível dos sintomas.

Principais sintomas

Os principais sintomas físicos são:

  • Pressão alta
  • Cansaço
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo
  • Suor excessivo
  • Alteração do sono
  • Mudanças alimentares
  • Transtornos cardiovasculares: O estresse crônico pode afetar o coração.
  • Disfunção sexual: A libido pode diminuir.
  • Dificuldade de concentração: A mente fica dispersa.

Os principais sintomas psicológicos são:

  • Sentimentos de desvalia
  • Medo do fracasso
  • Paralisação das atividades em certos dias por pânico no trabalho
  • Falta de vontade de ir trabalhar
  • Perda de vontade de acordar para praticar exercícios físicos devido ao cansaço mental ao acordar por consequência da insônia
  • Episódios de aumento de pressão, cansaço, desmotivação pela rotina de trabalho.

É importante lembrar que ao tratar a Síndrome de Burnout o mais cedo possível, é possível evitar a síndrome se torne crônica.É muito comum que as pessoas que estejam desenvolvendo a síndrome de burnout apresentem uma fadiga crônica. São pessoas que sempre estão muito cansadas, que mesmo dormindo elas não conseguem recuperar a energia. E sentem muitas dores, como dor de cabeça e dor de estômago. Além disso, elas têm a tendência de se deprimirem ou de terem muita ansiedade. São pessoas que começam a se sentir como se elas fossem insuficientes, como se elas fossem incompetentes porque elas entendem que elas não dão conta mais do trabalho como elas davam antes.

O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como exercício físico regular, sono adequado e alimentação saudável, bem como a busca por apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde mental. Em alguns casos, pode ser necessário um afastamento temporário do trabalho.

Busque ajuda, você não está sozinho nessa caminhada!

 

Francisca Tayhana de Queiroz Oliveira CRP 11/21399

 

Texto com informações do Ministério da Saúde. 

 

 






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